terça-feira, 14 de maio de 2013

Aves silvestres são apreendidas em torneio de canto de pássaros em SE


Competição era realizada em uma escola estadual na Grande Aracaju.
Suspeitos afirmaram que direção da escola havia autorizado, diz polícia. 

Animais apreendidos durante o torneio 

Policiais do Pelotão de Polícia Ambiental (PPAmb) apreenderam nove aves papa-capins, troféus e medalhas, durante um torneio de canto de pássaros ocorrido na manhã do domingo (12), na Escola Estadual Nilson Socorro, no conjunto João Alves Filho, no município de Nossa Senhora do Socorro (SE), região metropolitana de Aracaju.

As apreensões foram realizadas após denúncia feita pela comunidade ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). Além das aves silvestres, o Pelotão Ambiental apreendeu no local armações para pendurar gaiolas e outros materiais, como pranchetas e fita zebrada, que estavam sendo usados no ‘IV Campeonato Sergipano de Capim de Fibra’. O evento tinha como objetivo avaliar qual ave que melhor cantava para o público estudantil.

Troféu da competição

Com a chegada da equipe do Pelotão Ambiental, dezenas de pessoas fugiram, levando seus animais silvestres. Apenas duas aves das que permaneceram não foram apreendidas, em virtude de possuírem anilha – anel utilizado no pé da ave para identificar pássaros criados em cativeiro ou livres, regularizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Flagramos aproximadamente 50 pessoas participando de um torneio de canto de pássaros da espécie papa-capim, com toda uma estrutura montada. Na ocasião, apreendemos nove aves silvestres e 37 piquetes, hastes onde ficam dependuradas as gaiolas, uma do lado da outra, além de medalhas e troféus que iam do 1º ao 10º colocado”, disse o sargento Serra, comandante da guarnição que atendeu a ocorrência.

Durante os interrogatórios, os suspeitos afirmaram que a direção da escola tinha autorizado a realização do torneio, oferecendo inclusive, a logística de pessoas e material para o referido evento. A guarnição composta pelo sargento Serra, sargento Daniel, cabo Santiago e soldado Cunha deteve duas pessoas e confeccionou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) emitido à Comarca de Nossa senhora do Socorro, por infração prevista no artigo 29 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais).

De acordo com a lei, é punido com detenção de seis meses a um ano, além de multa, aquele que vende, adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito espécimes da fauna silvestre, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

Fonte: G1/SE



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