Jornalista é atingida por pedra durante manifestação
(Foto: Flávio Antunes/G1)
(Foto: Flávio Antunes/G1)
O repórter cinematográfico da TV Sergipe, Zé Mário, e a repórter fotográfica, Ana Lícia Menezes, do jornal Cinform, foram atingidos por pedras durante a manifestação que está sendo realizada nesta terça-feira (25) emAracaju, no momento em que uma minoria radical tentava invadir a sede da prefeitura atirando pedras, pedaços de madeira e fogos no prédio que teve a vidraçaria destruída.
“Eu estava cobrindo a manifestação e em um determinado momento algumas pessoas jogaram pedras na minha cabeça e ameaçaram entrar na prefeitura. Foi nessa hora que fui atingida por uma pedra”, explica a jornalista.
O ferimento foi leve e ela pediu gelo para ambulantes que vendiam água no local, colocou no ferimento e seguiu a manifestação para continuar a cobertura.
O cinegrafista Zé Mário foi atingido com pedras na barriga, mas passa bem.
A ação dos vândalos foi contida pelo Batalhão de Choque que chegou ao local para proteger o patrimônio público mas evitou confronto.
“Eu estava cobrindo a manifestação e em um determinado momento algumas pessoas jogaram pedras na minha cabeça e ameaçaram entrar na prefeitura. Foi nessa hora que fui atingida por uma pedra”, explica a jornalista.
O ferimento foi leve e ela pediu gelo para ambulantes que vendiam água no local, colocou no ferimento e seguiu a manifestação para continuar a cobertura.
O cinegrafista Zé Mário foi atingido com pedras na barriga, mas passa bem.
A ação dos vândalos foi contida pelo Batalhão de Choque que chegou ao local para proteger o patrimônio público mas evitou confronto.
“Estamos evitando o confronto. Nossa missão é de paz. Depredar patrimônio público é crime. O cidadão tem o direito legitimo de manifestar na paz. Não viemos aqui para agredir nenhum cidadão”, garante o major Rollemberg, do Batalhão de Choque que está no local com 50 policiais.
O prefeito de Aracaju João Alves Filho não está na prefeitura, apenas alguns funcionários e seguranças estão no local, ninguém foi atingido.
Mais de 10 mil manifestantes voltaram às ruas de Aracaju nesta terça-feira (25) para protestar contra a tarifa e qualidade do transporte público da capital, primeira reivindicação do movimento que foi iniciado há duas semanas em São Paulo e ganhou às ruas de todo o país. Os motivos se ampliaram e os sergipanos confeccionaram cartazes e estão reivindicando os custos da Copa do Mundo, problemas no serviço público, corrupção, educação, cidadania e rejeição à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o poder de investigação do Ministério Público e atribui às polícias a exclusividade das apurações criminais.
A concentração foi realizada na Praça Fausto Cardoso, nas imediações da Assembleia Legislativa de Sergipe. Por volta das 16h, as ruas do Centro da capital já aglomeravam dezenas de pessoas, desde crianças até idosos. Em seguida saíram em passeata pela Avenida Beira Mar, Avenida Ivo do Prado, Avenida Barão de Maruim, Praça da Bandeira até a Prefeitura de Aracaju.
O primeiro ato em Aracaju ocorreu na quinta-feira (20) de forma pacífica e reuniu cerca de 20 mil pessoas. “Nosso objetivo foi atingido. Lutamos pelos nossos direitos de forma digna, sem desrespeitar as autoridades nem o próximo, lutamos por um país melhor. Participamos de um momento histórico em Sergipe e estamos felizes porque nossa mensagem foi bem entendida e todos saíram de casa com o mesmo proposito”, orgulha-se Demétrio Varjão, integrantes do Movimento Não Pago.
Para o segundo protesto, Demétrio disse que o grupo está seguindo junto pelas ruas e não será dividido como na semana passada. “Entendemos que o ato será mais forte com todos juntos nas ruas e não queremos a presença de bandeiras de partidos políticos nesta terça”, explica.
O ato seguia pacífico até chegar na Prefeitura de Aracaju, onde uma pequena minoria atacou o prédio. De acordo com a Polícia Militar, mais de 10 mil pessoas estão nas ruas. “O grupo está crescendo nas ruas. Na concentração havia 5mil pessoas e quando a passeata seguiu muita gente aderiu e o número dobrou", explica Major Paiva.
Antes da manifestação, o prefeito de Aracaju João Alves Filho, reduziu a tarifa de ônibus de R$ 2,45 para R$ 2,35. Ele argumentou que a redução foi possível pelo fato de no fim de maio, o Governo Federal desonerar as empresas de ônibus do pagamento de PIS e cofins. O valor da nova tarifa foi aprovado no início da tarde desta terça-feira por 17 votos a favor contra 5 na Câmara dos Vereadores de Aracaju.
Manifestantes voltam a se reunir na praça Fausto Cardoso no Centro de Aracaju (Foto: Flávio Antunes/G1)
Mas o novo valor não agradou e os manifestantes pedem a revogação da lei. “Por mais que esse fato pareça uma vitória das pressões populares, na realidade não passa de uma falsa redução. A tarifa não foi reduzida, na verdade foi reajustada de R$ 2,25 para R$ 2,35. Com a exclusão dos impostos no cálculo da tarifa, a prefeitura sanou apenas uma das graves irregularidades contidas na planilha de custos da SMTT. Vale lembrar que mesmo com um valor de R$ 2,35, o cálculo tarifário continua incluindo custos inexistentes, sem os quais o valor tarifário real seria R$ 1,92. Lutamos também pelo passe livre dos estudantes e desempregados ”, explica o economista e integrante do Movimento Não Pago, Demétrio Varjão.
Mesmo com o anúncio da redução do preço das passagens do transporte público, os protestos foram mantidos e estão foram realizados em dezenas de municípios e devem continuar nos próximos dias.
Fonte: G1/SE
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