segunda-feira, 4 de março de 2013

Professores de São Cristóvão iniciam greve por pagamento


Segundo a categoria, salário está pendente desde dezembro
Categoria reivindica pagamento de atrasados (Foto: Arquivo Portal Infonet)
Professores da Rede Pública do município de São Cristóvão paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira, 4. Desde janeiro, a classe vem em negociação com a Prefeitura com mediação do Ministério Público, reivindicando a regularização dos pagamentos. Uma nova audiência para discutir a situação está marcada para a manhã da próxima terça-feira, 5, com a presença de representantes da categoria e da prefeita Rivanda Batalha (PSB).
De acordo com Erineto Vieira, diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese), desde dezembro de 2012 o salário dos professores tem sido penalizado. “No início do ano foi afirmado em audiência que os professores receberiam a rescisão do pagamento de dezembro em quatro parcelas. Em janeiro, no entanto, recebemos o contracheque e tivemos uma surpresa, já que houve um corte da remuneração que não foi previamente discutido”, afirma.
O diretor descreve a situação dos professores no município. “Infelizmente, temos alguns professores em São Cristóvão passando graves necessidades. Sem receber dezembro, com apenas parte do salário de janeiro e sem receber fevereiro não há como pagar as contas de casa. Isso sem contar o não recebimento do valor relativo as férias, que deveria ter sido pago em janeiro”, diz.
“Em fevereiro, o secretário de assuntos parlamentares Armando Batalha fez a proposta de que o salário de dezembro deveria ser parcelado em 24 prestações. Não vamos aceitar essa medida, e nem o corte de 15% do ponto dos professores. A partir de amanhã [5] vamos providenciar outdoors e organizar um ato para divulgar essa situação e mobilizar a classe”, completa Erineto. Sobre a audiência prevista para o dia 5, a categoria informa ter o intuito de assegurar um ajustamento de conduta por parte da Prefeitura.
Secretaria
O secretário de Educação de São Cristóvão, Mário Jorge, explica que o corte no salário dos professores teve o objetivo de regularizar as finanças da Prefeitura. “Não é o desejo do município segurar o dinheiro dos professores, até por que uma greve na rede municipal prejudica não só os servidores, mas toda a população. Os cerca de 400 professores do município estão sendo penalizados, mas é preciso lembrar que os mais de 80 mil habitantes também estão sofrendo”, afirma.
Ainda segundo Mário Jorge, o momento do município é de sanar as dívidas herdadas com a antiga gestão. “O corte no salário foi feito para que pudéssemos atualizar a situação com o INSS em relação aos empréstimos consignados, que não estavam sendo repassados, e com as instituições financeiras. Tão logo estivermos em regularidade, poderemos restituir os professores”, explica.
Fonte: infonet

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