A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) vai fornecer colmeias, materiais e equipamentos para criação de abelhas a 300 famílias em Sergipe. A primeira reunião com a equipe de apoio técnico, que vai auxiliar no cadastramento, distribuição dos kits familiares e acompanhamento, foi realizada na tarde da última segunda-feira, na sede da Codevasf. A previsão é que os kits comecem a ser implantados em até 60 dias. Ao todo, a companhia investiu R$ 1,3 milhão para fortalecer o Arranjo Produtivo Local (APL) da apicultura no semiárido sergipano.
Desse montante, R$ 1 milhão foi utilizado para a aquisição de materiais e equipamentos. Cada família contemplada terá direito a receber um kit contendo 10 colmeias, duas vestimentas especiais, um fumigador, um formão e uma carretilha. Além disso, cerca de 20 associações receberão kits comunitários, com equipamentos para beneficiamento do mel e do pólen, a exemplo de centrífugas, decantadores, mesas desorpeculadoras, homogeneizadores de mel, entre outros. Outros R$ 330 mil foram destinados à contratação da equipe de apoio técnico.
Os 28 municípios que compõem a área de atuação da Codevasf em Sergipe poderão ser contemplados com os kits familiares e comunitários, mas inicialmente será dada prioridade aos municípios do Alto Sertão para a produção de mel. A produção de pólen, por sua vez, está concentrada principalmente nos municípios de Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande. O apoio ao Arranjo Produtivo Local está incluído no programa Desenvolvimento Regional, Territorial Sustentável e Economia Solidária, que está incluído no Plano Brasil Sem Miséria.
O superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Paulo Viana, destaca a importância econômica e ambiental da criação de abelhas no semiárido. “A apicultura é uma alternativa econômica para os produtores da região e contribui de forma importante para a preservação da caatinga, que é um excelente pasto apícola por suas floradas múltiplas. Por conta disso, o apoio à apicultura busca também conscientizar o produtor sobre a importância da preservação e recuperação da vegetação nativa”, explica o superintendente.
“O objetivo é aproveitar as floradas do Alto Sertão, trazidas pelas chuvas recentes, para começar a produção de mel”, acrescenta o chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Sergipe, Thompson Ribeiro. A equipe de apoio passará por treinamento na próxima terça-feira e, a partir daí, o programa será oficialmente apresentado às prefeituras. O cadastramento e seleção das famílias e associações será feito pela Codevasf em parceria com a equipe de apoio, prefeituras, comitês gestores municipais e comissões comunitárias.
Outros eixos econômicos como a irrigação, a aquicultura, a bovinocultura, a economia criativa, a ovinocaprinocultura e a avicultura também serão contemplados com recursos do Plano Brasil Sem Miséria, fortalecendo ainda mais o desenvolvimento regional.
Fonte: Codevasf
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