Cerca de 1,1 milhão de juvenis de curimatã e
tambaqui foram produzidos no primeiro trimestre de
2013 pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e
Aquicultura de Betume, em Neópolis. Os alevinos
foram destinados à realização de peixamentos e
fortalecimento da piscicultura semi-intensiva no
Baixo São Francisco em Sergipe. Capacitações,
palestras e visitas técnicas foram outras ações
empreendidas pela unidade da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do
Parnaíba (Codevasf) neste início de ano.
Do total de alevinos produzidos pelo centro, 141
mil, todos da espécie tambaqui, foram repassados a
produtores de peixes em regime semi-intensivo nos
municípios de Poço Redondo, Brejo Grande, Amparo do
São Francisco, Japoatã e Neópolis. Outros 1 milhão
de juvenis de curimatã foram utilizados na
recomposição da fauna do São Francisco, soltos em
quatro peixamentos realizados nos municípios de
Propriá, Neópolis e Santana do São Francisco.
Intercâmbio científico e acadêmico também esteve
entre as atividades do Centro Integrado de Recursos
Pesqueiros e Aquicultura de Betume neste primeiro
trimestre. Em fevereiro, o centro promoveu um curso
para estudantes de engenharia de pesca da
Universidade Federal de Sergipe, em que foram
ensinadas técnicas para reprodução de peixes em
desova total. No mês seguinte, foram realizados
trabalhos com estudantes de medicina veterinária da
Faculdade Pio Décimo, ocasião em que os alunos
tiveram a oportunidade de conhecer as atividades e
as instalações do Centro Integrado.
Troca de experiências internacionais também fez
parte da agenda da unidade neste início de ano. Em
março, cerca de 40 pessoas participaram das
discussões sobre a aquicultura na Espanha e nos
Estados Unidos, sobre experiências com aquicultura
orgânica na Alemanha, e ainda sobre a criação de
tambaquis em Rondônia. Os palestrantes foram o
engenheiro de pesca Ângelo Pieretti, do grupo
Frigopeixe, a professora Juliana Lima, da
Universidade Federal de Sergipe (UFS), e o professor
Emerson Soares, da Universidade Federal de Alagoas
(UFAL).
Outras atividades desenvolvidas pelo centro de
piscicultura no primeiro trimestre foram a
realização de uma visita técnica dos estagiários de
Betume ao Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e
Aquicultura de Itiúba, em Alagoas, e uma visita
técnica à comunidade dos índios Xocó, em Porto da
Folha, ambas em março.
O Centro Integrado de Betume deve, em breve, iniciar
suas obras de reforma e ampliação, já licitadas. O
investimento será de R$ 4 milhões em recursos
oriundos da segunda etapa do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC 2). A expectativa da unidade é
ampliar a capacidade de reprodução artificial de
peixes e alcançar a cifra de oito milhões de
alevinos destinados à recomposição da ictiofauna do
rio São Francisco e ao apoio da piscicultura
familiar na região.
Codevasf
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