Funcionários de hotel cruzam os braços e pedem pagamento

Manifestantes afirmam que poderão voltar à paralisar

Funcionários cruzaram os braços na manhã desta sexta-feira (Foto: Alexandre Delmondes)

Funcionários do Hotel Fazenda Boa Luz cruzaram os braços na manhã desta sexta-feira, 7, protestando contra o atraso nos pagamentos. Entre reivindicações, os manifestantes apontaram o pagamento do salário de dezembro, do 13º salário e do retroativo da data base relativo ao prazo de cinco meses.

Após a manifestação, a diretoria do hotel firmou um acordo com os funcionários para parcelar os valores. Segundo os manifestantes, o protesto terá continuidade em caso de descumprimento do pacto por parte da empresa.

Segundo Alexandre Delmondes, vice-presidente da Força Sindical, o atraso de pagamentos é uma constante por parte da administração do Hotel. “Não é a primeira vez que acontece, por isso os funcionários resolveram tomar esse posicionamento. A diretoria se comprometeu a fazer o pagamento, mas os funcionários só terão a garantia quando o dinheiro estiver em mãos”, afirma.

Ainda segundo Alexandre, o parcelamento prevê o pagamento da primeira parcela do 13º para a tarde desta sexta-feira, 7, o salário de dezembro para o dia 13, a segunda parcela do 13º para o dia 20 e o retroativo para o dia 30. Após fechamento do acordo, os manifestantes voltaram às atividades por volta das 10h30.

Segundo Elisângela Feitosa, representante do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, bares, restaurantes e Similares do Estado de Sergipe (Sindihotre), os funcionários se mantêm em estado de alerta sobre os pagamentos. “Vamos ficar aguardando na porta do setor financeiro. Se eles não pagarem até o final do dia, vamos parar as atividades outra vez amanhã [8] por tempo indeterminado”, salienta.

Boa Luz

Procurado pela reportagem do Portal infonet, Roberto Sírio, gerente geral da empresa, preferiu não se pronunciar a respeito da manifestação. O gerente informou apenas que o acordo firmado com os funcionários "já foi cumprido".

Por Nayara Arêdes e Aisla Vasconcelos