Desde quinta–feira, 07, o Governo do Estado veicula nos meios de comunicação um informe sobre a greve dos professores, em tom ameaçador, com o intuito de intimidar os professores e
pressioná-los a voltar para sala de aula antes do término da greve. O
informe diz que a greve foi julgada ilegal pelo Tribunal de Justiça de
Sergipe, afirma que a SEED está preparando um calendário de reposição e
convoca os professores a voltarem à sala de aula com clara ameaça de
corte de ponto dos dias parados.
É importante
esclarecer que, embora toda a imprensa afirme que a greve dos
professores é ilegal, até o momento o sindicato não foi notificado,
portanto, inexiste descumprimento de decisão judicial, logo não se pode
aplicar penalidade alguma determinada pela justiça. Outro absurdo, e de
ordem pedagógica, é que esqueceram de dizer ao governador, que a
discussão sobre o calendário escolar é de responsabilidade da escola, e
não imposta pelo Governo, qualquer professor ou cidadão com leitura
mínima da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) sabe disso.
Os professores têm a
clareza de que terão que repor as aulas não ministradas durante a greve,
mas farão isso discutindo coletivamente na escola em que trabalha.
A imprensa também tem
informado que a penalidade apresentada pela justiça em relação ao
descumprimento da decisão de ilegalidade da greve é uma multa diária de
R$20 mil, em nenhum momento fala-se em corte de ponto, e mesmo se
houvesse, isto só seria possível em razão de descumprimento. Portanto, a
ameaça de corte do ponto do Governo do Estado tem dois objetivos: o
primeiro de alimentar o caráter arrogante, prepotente e vingativo do
Governo Déda, uma vez que os seus discursos nos meios de comunicação não
conseguiram convencer ninguém a retomar o trabalho. E o segundo, porque
houve uma deliberação na última assembleia de realização do enterro
simbólico do Governo, e esta ameaça serviria como um instrumento de
desmobilização dos professores para o enterro, pois, se esta
manifestação for bem sucedida, fortalecerá ainda mais a luta dos
educadores.
“Essa ação demonstra
claramente o desespero do Governo do Estado em ter aulas retomadas a
qualquer custo em virtude do enorme desgaste que sofreu durante a greve,
e que nesse momento ao fazer contato com os pais de alunos e na colagem
de adesivos nos sinais de trânsito, percebemos claramente que a
sociedade sergipana tem respaldado a luta dos trabalhadores em educação.
O Sintese neste final de semana estará respondendo à nota do Governo”,
afirma Joel Almeida, Diretor de Comunicação do Sintese.
Os professores têm
assembleia marcada para terça-feira às 9h, e nesta assembleia se já
tiverem sido notificados, deliberararão sobre o fim da greve ou não.
Fonte: Sintese
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