Por Aparecido Santana
Alguns dados recentes do instituto de pesquisa Datafolha revelam que 45% do eleitorado não se interessam pelo horário eleitoral gratuito (HGPE) E 38% de espectadores afirmam que a importância para a decisão de um voto para prefeito é de pouca importância. No entanto, custa aos cofres públicos uma quantia de R$ 242 milhões. Valor este que a Receita Federal não arrecada em função da isenção fiscal concedida a emissoras de Radio e TV. Esta transmissão do horário eleitoral não é paga nem pelos partidos, nem por políticos, que, em conseqüência disso, nos últimos sete anos a perda de arrecadação já chega a aproximadamente R$ 2,1 bilhões.
Mas será mesmo que a propaganda eleitoral não influência no resultado das eleições? Na verdade, amigo leitor influencia sim, mas o que realmente torna nosso eleitorado desinteressado no tema "política” no dia-dia é a alienação política. Segundo Luciana Veiga, do Doxa, "As pessoas não utilizam este tema na sua pauta de interesses, em função da alienação política que é um grande obstáculo para a mobilização de eleitores”.
Outro instituto de pesquisa, o IBOPE, revela que a audiência do HPGE atinge em torno de 30 a 40% de audiência que, se compararmos ao jornal líder do horário nobre, o jornal nacional, são números altíssimos, uma vez que este atinge uma média de 37 pontos de audiência.
Os eleitores buscam na propaganda eleitoral argumentos para serem usados em conversas do cotidiano, pois a política é um assunto debatido em bares, ponto de ônibus, entre colegas de trabalho e vizinhos.
Portanto, a importância do horário eleitoral ou “Idade Mídia” é inegável e, acima de tudo, ele demarca com clareza o tempo da campanha eleitoral, e ainda proporciona uma inclusão da maioria das pessoas ao campo político, pois dão mais visibilidade aos fatos politico-partidários.
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