domingo, 27 de setembro de 2009

TRANSPORTE ESCOLAR UM CAOS EM APARECIDA




 
Transporte escolar que leva alunos de Aparecida ao povoado Algodão


Os alunos da zona rural de Nossa Senhora Aparecida estão passando por uma difícil rotina de suas casas até a sede do município. Os alunos dos diversos povoados utilizam veículos superlotados, sucateados e empoeirados que não atendem as mínimas condições de conforto e segurança.

"No ônibus a falta de bancos para todos, as janelas são lacradas, porta traseira interrompida, além de quebrar constantemente, deixando os alunos sem irem a escola ou ás vezes, retornando a pé até as suas residências” argumenta a aluna da zona rural de Aparecida que não quis se identificar.

Além do problema do transporte escolar outro fator que diminui a aprendizagem dos alunos, principalmente para os alunos da zona rural é a irregularidade na merenda escolar, pois esses alunos se alimentam muito cedo e a fome aliada ao transtorno da viagem torna a rotina desses alunos desumana.

Segundo o professor Gernito Pereira outro problema do município é a repetência dos alunos da 5ª série provenientes das escolas da zona rural que reprovam no primeiro ano. Segundo o professor esses alunos passam por uma espécie de peneira que tem como uma das causas o drama dos professores que dão aula a alunos multi-seriados.

O problema do transporte escolar não é exclusividade em Nossa Senhora Aparecida, em um levantamento realizado por técnicos do Ministério da Educação constatou-se que 94% dos municípios do Nordeste não têm regras definidas para o transporte escolar e 36% dos veículos usados são irregulares. A pesquisa tem como objetivo a análise da situação do transporte escolar pelo governo federal para aumentar os repasses necessários para cada município, cabe a cada gestor reivindicar o aumento dos repasses para os seus municípios.

Os esforços dos alunos e professores aparecidenses estão cercados por uma ilha de problemas herdados de várias gestões anteriores em que não há o mínimo compromisso com a educação e a gestão atual não tem competência nem mesmo para o pagamento do piso salarial dos professores.

Por Aparecido Santana Graduando de Radio e TV/UFS

Fonte: sergipeemdestaque.blogspot.com

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