A onda de protestos que se espalhou pelo Brasil e atingiu cem cidades só nesta quinta-feira, chegou a Lagarto também. No final da tarde de hoje (21) centenas de jovens se reuniram e caminharam em apoio às manifestações que estão acontecendo em todo o país, além de reivindicarem também melhorias em áreas como educação, segurança e saúde e contra corrupção. Assim, eles se mobilizaram e deram o nome de "Acorda Lagarto", seguindo um padrão adotado nos protestos deflagrados nas capitais brasileiras.
Esta foi a primeira manifestação no interior do estado de Sergipe. Estudantes e trabalhadores tiveram a Praça José Rodrigues dos Santos (ao lado do Colégio Frei Cristóvão), no Conjunto Laudelino Freire, como marco inicial da passeata, que logo tomou rumo pela Rodovia Lourival Batista, seguindo sentido centro da cidade.
Ao lado do campus provisório da Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde funcionava antes o Colégio Polivalente, os manifestantes contaram com o apoio de universitários que saíam das salas de aula para se juntarem ao grupo, que ia ficando cada vez maior.
Carros de som puxados pelos líderes do movimento orientavam quem seguia à frente e atrás do grande miolo, evitando dispersão ou qualquer tipo de princípio de baderna, o que não foi registrado durante todo o percurso.
Centro tomado
A próxima rua tomada pelos manifestantes foi a Avenida Presidente Vargas, de onde seguiram até a Praça Filomeno Hora, na qual estava previsto o final do protesto. Diferente disso, eles prestaram homenagens aos feridos e à vítima fatal atropelada em São Bernardo do Campo, em protestos no dia de ontem.
A próxima rua tomada pelos manifestantes foi a Avenida Presidente Vargas, de onde seguiram até a Praça Filomeno Hora, na qual estava previsto o final do protesto. Diferente disso, eles prestaram homenagens aos feridos e à vítima fatal atropelada em São Bernardo do Campo, em protestos no dia de ontem.
Sentados, todos fizeram um minutos de silêncio e, em sincronia, levantaram seus cartazes com dizeres "verás que um filho teu não foge à luta" e "nós lutamos pelos seus direitos". Após cantado o Hino Nacional, em marcha, os manifestantes seguiram adiante.
Contramão
No cruzamento da Lupicínio Barros com a Laudelino Freire, eles optaram por descer a rua comercial, sentido Praça Sílvio Romero, mas encontraram diversos carros em direção contrária. A pedido dos jovens, motoristas abriram passagem a eles e aos carros de som.
No cruzamento da Lupicínio Barros com a Laudelino Freire, eles optaram por descer a rua comercial, sentido Praça Sílvio Romero, mas encontraram diversos carros em direção contrária. A pedido dos jovens, motoristas abriram passagem a eles e aos carros de som.
Cinco dos manifestantes sentaram-se no chão ao ver resistência de um condutor, evitando sua passagem, mas logo, sem mais problemas, a manifestação continuou ocorrendo tranquilamente.
Apesar do clima de paz empreendido pelo grupo, alguns comerciantes acharam por bem baixar as portas dos estabelecimentos, mas um deles explicou: "isso é apenas prevenção, não estamos sendo contrários à mobilização". Funcionários deram pausa em suas atividades, assim como clientes, e acenaram em sinal de apoio a passeata que se fazia cada vez maior.
Dispersão
A última etapa do percurso vinha chegando, e o cansaço já abatia alguns deles. Na Avenida Augusto Franco, em frente à Praça do Rosário, líderes do movimento voltaram a falar. Manifestantes também entoaram palavras de ordem contra corrupção, mas como não tinham mais o apoio de agentes do Departamento de Trânsito e Transportes Urbanos (DTTU) e da Guarda Municipal, dissiparam o movimento e se classificaram, daquele ponto adiante, como "cidadãos".
A última etapa do percurso vinha chegando, e o cansaço já abatia alguns deles. Na Avenida Augusto Franco, em frente à Praça do Rosário, líderes do movimento voltaram a falar. Manifestantes também entoaram palavras de ordem contra corrupção, mas como não tinham mais o apoio de agentes do Departamento de Trânsito e Transportes Urbanos (DTTU) e da Guarda Municipal, dissiparam o movimento e se classificaram, daquele ponto adiante, como "cidadãos".
Muitos acharam por bem também se dispersar e retornar às suas casas. Parte do grupo ainda insistiu em seguir pela Augusto Franco, mas manifestantes já estavam deixando o protesto.
Quem estava em casa pôde acompanhar ao vivo todo o trajeto através da Juventude FM, com a equipe de reportagem composta por Alex Santos, Geraldo Macêdo e Aloísio "Prefeitinho" Andrade e José Gumercindo Silva e Luciano Martins como repórteres fotográficos. As informações sobre a manifestação foram passadas em tempo real.
Veja mais imagens abaixo da manifestação que parou o centro de Lagarto nesta sexta-feira.
Fotos: Aline Feitosa e Ítalo Duarte/Portal Lagartense
Ítalo Duarte, do Portal Lagartense
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