Vítima e suspeito são do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa).
Eles dividiam o quarto de uma república no Horto, na Zona Sul da cidade.
Policiais em frente à república onde o jovem foi
morto (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
morto (Foto: Cristiane Cardoso/G1)
Bruno e José Leandro estudavam no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e dividiam uma república no Horto, na Zona Sul do Rio. A decisão do delegado Rivaldo Barbosa, responsável pela investigação do caso, em pedir a prisão em flagrante do rapaz foi tomada após ouvir testemunhas e a perícia preliminar dos instrumentos utilizados na morte, uma pedra e uma faca.
Até a madrugada de sexta-feira, nenhum parente ou advogado de Bruno se apresentou à polícia, para defender o jovem, que segundo amigos é natural de Malhador, no Sergipe. José Leandro era cearense, da cidade de Deputado Irapuan Pinheiro, e morava no Rio há cerca de um ano.
Suspeito foi encontrado desacordado
Após o crime, Bruno foi encontrado desacordado na cozinha do imóvel que dividiam. O cômodo estava com várias manchas de sangue. Ele foi levado para o Hospital Miguel Couto, onde recebeu alta no fim da noite de quinta.
"Segundo os depoimentos, no apartamento estavam apenas a vítima e o suspeito. Ele já sabia que a pedra era do apartamento de baixo e que a faca era da cozinha", disse Rivaldo, deixando claro que o autor conhecia o local. "Chegou-se a conclusão de que o Bruno é o autor."
Rivaldo Barbosa, que até as 18h30 havia ouvido nove pessoas (sete estudantes, um coordenador do Impa e o gerente e o caseiro da república), tem algumas linhas de investigação que apontam para a motivação do crime. No entanto, ele preferiu não divulgar para não atrapalhar as nvestigações.
Autor estaria 'fora do normal'
Mais cedo, o delegado havia dito que Bruno foi encontrado em um estado "fora do normal". "Não sei se efetivamente em função de remédios ou de alguma substância que ele tenha ingerido", informou.
No quarto que os dois estudantes dividiam, não foram encontradas drogas ou álcool, como informou o delegado. Entretanto, foram encontrados dois frascos de medicação. "Vamos ver que substâncias possuem estes remédios. Ao que parecem são tranquilizantes", declarou.
Ainda de acordo com Rivaldo Barbosa, não há sinal de luta corporal no local.
José Leandro Pinheiro foi morto com um golpe de uma pedra na cabeça e quatro golpes de facas na região do peito e da barriga. Duas facas sujas de sangue foram encontradas na república. Ainda segundo o delegado, também havia vestígios de sangue e tecido da vítima na pedra, que, de acordo com policiais militares, tinha cerca de 30 cm de diâmetro.
Embora alguns vizinhos tenham declarado que havia uma festa na república na noite desta quarta, os moradores negaram esta informação à polícia.
Fonte: G1
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