sexta-feira, 4 de maio de 2012

Delegada afirma que não houve tiroteio dentro do Huse

O inquérito será finalizado na próxima segunda-feira, 7
Cerca de 30 pessoas já foram ouvidas pelo DHPP (Foto: Portal Infonet)
O Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP) esclareceu o caso da chacina no Hospital urgência de Sergipe (Huse). Na manhã desta sexta-feira, 4, a delegada responsável pelo inquérito falou sobre o caso e disse que o inquérito será finalizado na próxima segunda-feira, 7. O DHPP ainda afirma que não houve tiroteio no Huse, segundo depoimentos das testemunhas que estavam no local  do crime. A conclusão da delegada derruba a argumentação da família dos militares que chegaram a dizer que as vítimas estavam armadas e chegaram a efetuar disparos.

Cerca de 30 pessoas já foram ouvidas sobre a chacina do Huse. Segundo a delegada do DHPP Tereza Simony Nunes,  as testemunhas que prestaram depoimento afirmam que não houve tiroteio, mas apontam a participação do tenente da Polícia Militar Genilson Alves. “ O tenente negou as acusações em interrogatório feito no último sábado, 28. Porém testemunhas o reconheceram como autor de alguns disparos”, explica.

A delegada ainda afirma ainda que houve um direcionamento dos tiros. De acordo com Tereza Simony foi confirmada a participação de Adalberto no possível assalto na avenida Santa Gleide, bairro Olaria. Já o envolvimento do mestre de obra, Márcio Alberto Santos, e do auxiliar de servente Cledson dos Santos ainda está sendo investigado.

“Podemos colocar Cledson no cenário no primeiro momento, mas não há nada confirmado da sua participação no tiroteio. Quanto a Márcio,  ainda é prematuro afirmar a sua participação já que ele deu entrada no Huse cerca de uma hora e meia antes do crime”, explicou Thereza Simony.

De acordo com os depoimentos de testemunhas, o padeiro Jailson Alves de Souza  e o sobrinho Ralf Souza Monteiro chegaram ao hospital acompanha dos parentes. E o soldado Jean Alves dos Santos, que confessou dois homicídios, foi quem prestou socorro a Ralf. “As informações apuradas apontam que no momento dos disparos o agente Ralf estava na sala de raio X, pois tinha sido atingido na perna no Santa Gleide. Precisamos também da participação da população para nos ajudar a esclarecer o que aconteceu antes deles chegarem ao Huse”, acrescentou a delegada.

A morte do padeiro Jailson ainda será investigada. “O inquérito será concluído segunda-feira, onde teremos mais detalhes sobre o crime. Mas ainda precisamos investigar a morte de Jailson na avenida Santa Gleide”, disse Thereza Simony.  Não há imagens da chacina no Huse, pois o hospital não possui câmeras de segurança que gravam as imagens.
Por Adriana Freitas e Kátia Susanna

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