A sede da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) foi ocupada ontem por professores da rede estadual de ensino. Segundo funcionários do local, a ´invasão´ foi tranquila e não houve tumulto. Eles chegaram fazendo um apitaço e carregando bandeiras ocuparam várias salas, inclusive a antessala do secretário Oliveira Júnior, que no momento que os professores chegaram não estava, contou um servidor estadual que não quis se identificar. Além dos professores e sindicalistas, participaram a deputada estadual Ana Lucia e o ex-deputado federal Iran Barbosa. A greve dos professores foi iniciada dia 16 de abril e não tem previsão de acabar. O magistério aguarda que o governo apresente uma proposta para a construção do reajuste do piso de 22,22%. previsto na lei federal. A categoria também reivindica a implantação do piso nacional do magistério para todos os níveis. Diálogo - Nossa intenção é dialogar para construirmos uma forma de reajuste, não admitimos perder um direito garantido por lei federal por falta de iniciativa do governo em buscar soluções, aponta a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese), Ângela Melo. No final da manhã, o secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Oliveira Júnior, recebeu os dirigentes do Sintese. Ele ouviu todos os pleitos da categoria e reafirmou que o Governo do Estado sempre esteve aberto às negociações. Sobre a ocupação, Oliveira Júnior declarou que considera uma atitude exagerada do sindicato Para nós, essa ocupação é uma evidência de que o sindicato não acredita no diálogo, nós a consideramos desnecessária e em nada contribui para os objetivos da categoria,relatou. O secretário se comprometeu em agendar uma audiência com João Andrade, secretário da Fazenda, para que ele possa junto com o sindicato discutir a situação financeira do Estado e buscar alternativas para o reajuste do piso.
Municípios - O impasse sobre negociação para o reajuste do piso leva os professores de cinco municípios a paralisarem esta semana. A partir de hoje, não haverá aulas nas escolas de Moita Bonita, Pacatuba, Ilha das Flores, Neópolis e Malhada dos Bois. Também estão em greve os professores de Tomar do Geru, São Domingos, Canindé do São Francisco, Japoatã, Santo Amaro, Cristinápolis e Capela. O Sintese tem até amanhã, quarta-feira, para justificar os motivos da greve à justiça, já que o movimento foi decretado ilegal. Fomos notificados quanto à ilegalidade da greve, mas os nossos advogados já estão na fase final para apresentar os nossos motivos. Estamos abertos à negociação, o Governo que não quer nos receber, explicou o sindicalista Roberto Silva. |
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