terça-feira, 15 de maio de 2012

Professores da UFS entram em greve a partir de 17


 








Em assembleia geral ocorrida hoje, às 14h, no auditório da ADUFS, os professores da UFS decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado no dia 17 de maio, data indicada pelo ANDES-SN para iniciar uma greve nacional dos docentes das universidades públicas. A decisão foi tomada após uma análise da situação das instituições de ensino superior e da posição do governo diante da reivindicação dos professores.

Essa foi uma assembleia com grande participação dos professores. Ao total, 224 estiveram presentes e a maioria deliberou pela deflagração da greve, o que indica o sentimento de insatisfação crescente que se percebe não apenas na UFS, mas também em instituições no Brasil.


A categoria luta pela reestruturação do Plano de Carreira, que engloba: carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios; variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20h correspondente ao salário mínimo do DIEESE; e, retribuição por titulação.

Mesmo com a transformação da PL 2203/11 em Medida Provisória, medida sancionada ontem, 14, pela presidenta Dilma Rousseff, as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) mantiveram a data da greve, por considerar a mudança insuficiente diante da reivindicação dos professores. É isso o que mostra o resultado da reunião entre as IFES para votação da deflagração da greve, ocorrida no dia 12 de maio, em Brasília: houve 33 votos a favor, zero contra e 3 abstenções.

Grande participação dos professores na assembleia
Os professores aproveitaram a oportunidade para expor suas opiniões, dúvidas e receios com relação à greve. A professora Sonia Pimentel, do Departamento de Psicologia da UFS, explicou por que a categoria deve paralisar atividades. “Nós precisamos voltar a ter orgulho de ser professor. Hoje, nem temos condições de pensar sobre isso, por causa do excesso de trabalho e alunos que temos”.

O vice-presidente da ADUFS, Marcos Pedroso, enfatizou também a necessidade da greve. “Por que o professor quer greve? Por melhores salários e condições de trabalho. Os estudantes de hoje não vão querer entrar na docência se não conseguirem vislumbrar valorização e boa condição de trabalho na profissão”.

Após a votação, iniciou-se a organização do Comando Local de Greve e da agenda de atividades para a mobilização. Amanhã, 16, os professores serão solidários ao ato público do SINTESE, que acontecerá às 14h com ponto de partida na Praça Fausto Cardoso e, no dia 17, acontecerá um ato político na ADUFS com o Sintufs e o DCE, às 9h.

Fonte: adufs.org.br

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