A perseguição à comunidade Bahá’í no Irã e o preconceito que ela sofre na sociedade foram temas que levaram o deputado Armando Batalha (PSB) à tribuna da Assembleia Legislativa. O deputado leu um documento entregue ao Procurador Geral da República Islâmica do Irã pela Comunidade Internacional Bahá’í, que trata de assuntos que afetam não somente a segurança e o sustento dos membros daquela comunidade, mas também tem profundas implicações quanto ao futuro de todo cidadão daquele país.
O documento garante que os bahá’ís no Irã encontrarão formas de administrar a vida espiritual de sua comunidade, assim como eles têm feito por gerações no decorrer dos últimos 165 anos de perseguição. Eles ainda denunciam acusações levantadas contra os Yaran e os Khademin, grupos espirituais e sociais, como representantes junto às Nações Unidas de 169 Assembléias Espirituais Nacionais em todo o planeta. A comunidade acusa o Procurador Geral da República Islâmica do Irã do cerceamento da liberdade de crença e o funcionamento dos Yaran e dos Khademin como uma condição para conceder aos bahá’ís pelo menos alguns dos direitos que lhes têm sido negados ao longo dos últimos 30 anos.
Preocupado com a situação da comunidade, o deputado disse que os bahá’ís do Irã por muito tempo têm sido vítimas de violência e que estão sujeitos a uma nova onda de perseguição. Em seu discurso, o deputado informou que em agosto de 1980 todos os nove membros da Assembleia Espiritual Nacional dos Bahá’ís do Irã – um conselho nacional cuja eleição e funcionamento estão prescritos nos ensinamentos bahá’ís e que forma parte da estrutura administrativa bahá’í em todos os países – foram sequestrados e desapareceram sem deixar vestígios. Sem dúvidas foram executados.
“Estamos preocupados com a situação desses cidadãos, que são nossos irmãos, independente da fé de cada um de nós. Todos somos irmãos e temos um único protetor maior, que é Deus. Espero trazer conforto a todos os amigos Bahá’ís que este impasse seja resolvido”, declarou o deputado Armando Batalha. O deputado Antônio dos Santos (PSC) reforçou seu apoio à comunidade e disse que “enquanto sergipanos, queremos abraçar a todos e que a bênção do Pai Celestial esteja com todos e que a paz reine entre as nações. A comunidade Bahá’í tem toda a nossa solidariedade”, finalizou.
Fonte: Agência Alese
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