Na opinião do deputado federal Jerônimo Reis (DEM), o prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro (PSC), se equivoca ao justificar a crise financeira como meio para promover demissões na administração municipal. “Ele simplesmente colocou para fora 200 pais de família que sobrevivem só com o salário mínimo, mas os números da arrecadação mostram justamente o contrário”, garante.
Jerônimo Reis fez um levantamento dos principais impostos repassados para a prefeitura e comprovou que praticamente todos mantiveram o mesmo valor que o período pesquisado ou até mesmo tiveram elevações consideráveis.
“No geral, somando o IPVA, ICMS, FPM, Fundo de Saúde, Lagarto recebeu até agosto de 2009, a quantia de R$ 43.611.139,48. Em 2008, neste mesmo período, o valor foi de R$ 40.061.238,87. Ou seja, uma diferença a mais de R$ 3,5 milhões”, revela o parlamentar, informando que os dados foram coletados nos sites do Tesouro Nacional e da Secretaria de Estado da Fazenda.
Segundo Jerônimo Reis, nessa quantia de R$ 43,6 milhões não está inclusa a arrecadação com o IPTU e o ISS, que são impostos municipais e os valores não estão à disposição para consulta.
“Antes de demitir esses pais de família, o prefeito deveria cortar na própria carne, reduzir seu próprio salário, demitir seu filho e irmãos, os parentes do ex-prefeito Cabo Zé. Mas isso ele não faz. Além disso, ao invés de fazer concurso público, Valmir contratou uma empresa para terceirizar a mão-de-obra, elevando o custo com despesa de pessoal”, denuncia.
Para o deputado, se o prefeito quer mesmo economizar, precisa tomar medidas mais duras do que demitir pais de família. “Há um gasto excessivo na administração com contratos de locação de veículos, viagens. Poderia reduzir o contrato do lixo e dos ônibus escolares, que são o grande gargalo da administração e cujos valores são bem superiores ao que era pago na gestão Zezé Rocha”, aponta Jerônimo Reis.
O parlamentar afirma que suas posições têm como objetivo ajudar a administração do prefeito, “pois não torço pelo pior. Quem faz isso, só pensa em prejudicar o povo de Lagarto.” Na opinião dele, Lagarto não passa por um momento de crise financeira, “só precisa de um bom gestor que transforme em benefícios para a população os recursos que são depositados mensalmente nos cofres da prefeitura”.
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