quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Prédio da UFS é pichado com diretrizes Nazistas e Racistas

Por Aparecido Santana
Fotos Ed Carlos Dias



Pichações racistas no banheiro masculino da didatica II  na UFS

O prédio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi pichado ultimamente, com dizeres racistas, Nazistas e contra as cotas étnicas na universidade, as pichações demonstraram a expressão mais bárbara de setores mobilizados contra as cotas na Universidade Federal de Sergipe.

Segundo o Reitor da UFS, Josué Passos, o sistema de cotas é uma forma de combater o racismo e não de reavivar. "Alguns segmentos estão ressentidos, prejudicados e que, portanto, manifestem alguma intolerância em relação aos sentenciais beneficiados da política" Afirmou Josué Passos em entrevista realizada a nossa equipe, pouco antes da adesão da UFS ao sistema de cotas.

Segundo Kleberson Silva, aluno de Filosofia da UFS, o sistema de cotas por mais que seja necessário, também deve ser investido na estrutura das escolas desde o pré-escolar até as universidades. “Por que o governo se preocupa apenas com números? Enche as universidades de pessoas sem as condições necessárias para que se possa fazer uma graduação e pessoas medíocres preferem sujar as paredes da universidade com discursos totalmente estúpidos e inaceitáveis ao invés de buscar realmente onde está a falha. Tomemos como exemplo a UFS, que a Reitoria só faz o que lhe convém, temos um Diretório Central dos Estudantes (DCE) que não luta pelo direito dos estudantes que é o seu dever, mas por regalias defendem os interesses da Reitoria. Esses fatos colocam em questão como a universidade vai garantir uma assistência estudantil que possibilite a permanência dos estudantes de origem popular na universidade até a conclusão do curso.


Pichações contra a adesão ao sitema de cotas na UFS

As pichações em prédios da UFS, não é um caso novo, em maio deste ano o Departamento de Geografia foi pichado com palavras de ordem contra homossexuais e negros, atingindo valores éticos, educacionais, políticos e até científicos, pois criticavam alguns professores e suas práticas pedagógico-metodológicas no curso de geografia. O caso foi denunciado pelo chefe do Departamento junto a polícia federal que continua investigando os responsáveis pela agressão.

“O mais fantástico e contraditório desta história é que tais fascistas, e que provavelmente também são nordestinos, se esquecem que fazem parte de um grupo étnico miscigenado, com sangue (e história) de negros, índios e brancos, e que tem sofrido historicamente ao subjugo dos poderosos que se revezaram ao longo do tempo” argumenta o professor Rivaldo Sávio do Departamento de Psicologia.

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