Um amontoado de lixo. Este é o retrato da cidade de Pacatuba, localizada no Baixo São Francisco. Desde quinta-feira da semana passada a prefeitura está impedida de realizar a coleta de lixo no município, por uma decisão judicial concedida pelo juiz Marcel Maia Montalvão. A decisão do magistrado atende o pedido de liminar impetrado por uma empresa concorrente. Por esse motivo, o processo está sub judice.
Aproximadamente 40 funcionários foram afastados das funções e não têm previsão de retornar ao trabalho. Hoje (22) pela manhã, os trabalhadores foram à Câmara Municipal pedir apoio dos vereadores da cidade para o problema. A população também se mostra indignada com a situação e pede o retorno da coleta o mais rápido possível. Entre os parlamentares, o clima na Casa Legislativa esquentou e a troca de agressões verbais foi inevitável. Para buscar resolver o impasse, a Prefeitura de Pacatuba ingressou com recurso junto ao Tribunal de Justiça no sentido de tentar reverter a decisão do magistrado local.
Enquanto Justiça e Município buscam uma solução, os trabalhadores pedem para voltar ao trabalho. Para a maioria, esta é a única fonte de renda para sustentar a família. Dona Maria José Santos é uma das pessoas que ficou desempregada e está com receio de ficar sem o trabalho definitivamente. “É um absurdo o que alguns vereadores de oposição estão fazendo com os trabalhadores de Pacatuba. Estamos todos desempregados e não sabemos como vai ficar a situação. Pagamos aluguel e temos filhos para criar. Eu mesma estou com as mãos na cabeça e não sei de que forma agir. Quero o meu emprego de volta”, disse, revoltada, Maria José.
Jânio Marcos é o condutor do caminhão de coleta e também não sabe como fazer agora para sustentar a família. “Além de todo este amontoado de lixo e o mau cheiro existente na cidade, quase 40 trabalhadores estão sem emprego. A situação é muito difícil. O que muito me preocupa é com relação à volta ao trabalho. Vamos precisar de quantos dias para por tudo em ordem? Nem nas escolas, postos de saúde e outros órgãos, o lixo está sendo recolhido. Sabe Deus como vai ser”, declarou.
A professora Janderrie Bastos Vieira também é uma das pessoas que reclama da falta de coleta. “Há uma semana o caminhão não passa. Não sei o que vou fazer com o lixo da minha casa. Não me sinto bem colocando o lixo na via pública, mas acho que vai ter que ser dessa forma, porque já não agüento mais e me sinto envergonhada com as pessoas que chegam em minha casa”, declarou a educadora.
Processo legal
A prefeita Diva de Santana Melo (PMDB) garante que a administração municipal que todo o trâmite que culminou na escolha da empresa vencedora se deu de forma legal. Quanto ao amontoado de lixo, a gestora afirma que a cidade realmente está um caos, mas não pode descumprir a determinação da Justiça, por este motivo, não pode realizar a coleta. “Para resolver o problema, ingressamos hoje com pedido de recurso no Tribunal e Justiça, para tentar reverter a decisão do juiz aqui de Pacatuba. Agora o que resta é aguardar”, relatou a prefeita.
A prefeita Diva de Santana Melo (PMDB) garante que a administração municipal que todo o trâmite que culminou na escolha da empresa vencedora se deu de forma legal. Quanto ao amontoado de lixo, a gestora afirma que a cidade realmente está um caos, mas não pode descumprir a determinação da Justiça, por este motivo, não pode realizar a coleta. “Para resolver o problema, ingressamos hoje com pedido de recurso no Tribunal e Justiça, para tentar reverter a decisão do juiz aqui de Pacatuba. Agora o que resta é aguardar”, relatou a prefeita.
O vereador Arnaldo Ferreira Silva (PMDB) acusa o também vereador Edimilson Gama de querer tirar proveito da situação. “O vereador Edimilson quer tumultuar e se beneficiar politicamente, fazendo denúncias de fraude, mas a justiça é quem vai analisar se houve ou não irregularidades. Podemos dizer que o principal prejudicado em toda esta situação é ele mesmo, já que a população está revoltada com a pessoa dele. Ninguém acredita que a denúncia do parlamentar é verdadeira”, garantiu Arnaldo.
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