Cinco educadores sociais do Centro de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) Pop, órgão da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), iniciaram na manhã desta terça-feira, 9, o cadastramento de flanelinhas e de limpadores de carros de Aracaju. Sem tempo determinado para acontecer, o cadastramento tem como objetivo traçar o perfil socioeconômico dos flanelinhas, identificar as suas demandas e interesses em cursos profissionalizantes, sob a perspectiva de inserí-los no mercado de trabalho e na rede de ensino.
Todas as praças e semáforos de Aracaju serão visitados pelos educadores sociais, mas foi pela praça Tobias Barreto que eles começaram o cadastramento. Ali, eles encontraram Jeferson dos Anjos Santos, 18 anos, e Simplício dos Santos, 41 anos, ambos alagoanos. O garoto mora na rua - embora sua mãe resida no município de Nossa Senhora do Socorro - e já é assistido pelo Creas Pop, que lhe garante banho e refeições.
Jeferson dos Anjos estudou até a quinta série do ensino fundamental, mas disse que tem vontade de voltar à escola. "Parei meus estudos, mas espero poder voltar à sala de aula", enfatizou. Sobre a renda do dia obtida com o trabalho de flanelinha, foi reticente em informar, mas disse que dá para quebrar o galho.
Já Simplício dos Santos vive com os tios em Aracaju. Lixador de tubulação profissional, ele perdeu o emprego há um ano e desde então vem trabalhando como limpador e guardador de carros na praça Tobias Barreto. "Sou pai de quatro filhos e não posso ficar sem trabalho", disse Simplício, natural de Matriz de Camaragibe, interior de Alagoas, mas há 25 anos residente de Aracaju.
Cadastro
Somente na praça Tobias Barreto os educadores sociais cadastraram 12 flanelinhas. A equipe da tarde, composta por quatro profissionais, está atuando na praça Princesa Izabel, bairro Santo Antônio. O cadastramento irá prosseguir até que todas as praças e semáforos de Aracaju sejam visitados pelos educadores sociais.
A coordenadora de Proteção Social Especial, Silvana Maria dos Santos, informou que a ação teve início no centro da capital, mas que se estenderá também aos bairros. "Nosso objetivo é o de identificar demandas e potencialidades e a partir daí buscar inseri-los ou reinseri-los na rede de ensino e no mercado de trabalho. Essa é a proposta da Prefeitura de Aracaju, mas nada será imposto. Levaremos nossa resposta, que será baseada nas expectativas declaradas no cadastramento e esperamos que eles possam aderir", enfatizou a coordenadora.
Fonte: Jornal da Cidade
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