sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mulher constrangida em agência vai entrar na Justiça



Através de sua advogada, Verônica irá entrar com uma ação pedindo a reparação de danos a sua imagem



A advogada de Michela conta que irá entrar com uma ação pedindo a reparação de danos a imagem (Fotos: Portal Infonet)
O caso da mulher que teve que tirar a roupa para poder entrar no banco continua repercutindo. Na tarde desta quinta-feira, 29, a auxiliar de enfermagem Michela Patrícia dos Santos procurou sua advogada para buscar uma reparação pelo vexame passado na agência da Caixa Econômica Federal (CEF), no calçadão da Rua João Pessoa, na última quarta-feira, 28.

De acordo com a advogada da auxiliar de enfermagem Verônica Andrade, sua cliente está em estado emocional bastante abalado. “Em decorrência do seu Estado emocional, vamos entrar com uma ação tentando reparar os danos a imagem da minha cliente. Nós ainda não paramos para ver a questão de valores, até porque acreditamos que o dinheiro não é o mais importante para ela agora. Eu também pretendo entrar com um pedido para que a imagens das câmeras do banco sejam cedidas à justiça para análise”, diz.
Michela diz que seu filho faltou a escola por vergonha do incidente
A advogada pede para que as pessoas que estavam no momento e gravaram a cena com o telefone celular entrem em contato para que as imagens sejam utilizadas no processo. “A gente solicita que alguma pessoa que estivesse no dia e filmou com o celular, nos passe as imagens, pois ficamos sabendo que muitas pessoas conseguiram gravar por celular e queremos as imagens para podermos anexar no processo”, solicita.

Para Michela lembrar-se do que aconteceu na tarde de ontem ainda é muito complicado. “Meu filho está com muita vergonha e não quis sair de casa hoje, ele faltou na escola. Eu tinha até uma consulta no oftalmologista e não consegui ir, é complicado, pois toda vez que me lembro da cena eu tenho vontade de chorar”, lamenta.
A mãe de Michela, Elizabete Maria dos Santos, lembra o gerente da agência disse que todo o procedimento adotado pelo segurança da agência foi normal. “Foi um absurdo o que se passou e eu fiquei indignada com tudo isso, eu entrei pela mesma porta giratória e não teve nada. O gerente falou que o procedimento era normal, isso é um absurdo, agora eu espero que a justiça tome uma providência”, conta.
Nesta quinta-feira, 29, a Caixa Econômica Federal divulgou uma nota explicando o caso, veja a baixo.
NOTA DA CAIXA
A CAIXA instala portas automáticas giratórias com detectores de metal em suas agências, de acordo com a Lei 7.102/83, que disciplina o sistema de segurança em estabelecimento financeiro. Esses equipamentos são utilizados pelos bancos para impedir o acesso de pessoas armadas às agências, nunca para criar obstáculos ou constrangimentos.
Botas ou cintos de segurança, por exemplo, que têm componentes de metal e são equipamentos destinados ao uso exclusivo no trabalho, podem bloquear o acesso. A constatação de que a pessoa usa uma peça externa com aparência de metal não exclui a possibilidade de ela levar outros objetos de metal com os quais possa atentar contra a segurança de outros clientes, funcionários da empresa e o patrimônio da CAIXA, que é de todos os brasileiros. É obrigação da CAIXA proteger seus clientes, empregados e patrimônio.
Por Bruno Antunes, infonet

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Usuarios online