“A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo”, disse, certa vez, o ex-presidente e grande líder político da África do Sul, Nelson Mandela. De certo, é recebendo educação de qualidade que um povo consegue se transformar, crescer e alcançar o desenvolvimento, tanto pessoal, quanto do lugar onde vive.
Ciente dessa importância, a prefeitura de Santana do São Francisco, distante 126 km de Aracaju, tem trabalhado para oferecer um serviço digno à sua população. Um grande passo para alcançar esse objetivo aconteceu na manhã de hoje, 01, com o Censo Educacional realizado no município.
O programa é uma iniciativa do Ministério Público Estadual (MPE) e Secretaria de Estado da Educação (Seed), em parceria com o Tribunal de Justiça/Corregedoria-Geral de Justiça. “Sentimos a necessidade de avaliar a situação do nosso município e procuramos o MPE que, prontamente, nos atendeu”, conta o prefeito de Santana, Ricardo Roriz.
Segundo o gestor, apesar das ações desenvolvidas pela prefeitura, ainda há um grande número de pessoas fora da escola no município. “É gente muito humilde que, por vários motivos, acabam não dando a importância merecida para a educação. Nada melhor que o Censo para nos ajudar a traçar metas que mudem essa realidade”, avalia.
Trabalho conjunto – O Censo Educacional conta com o trabalho não só do poder público, mas de toda a sociedade. É a partir das parcerias que a ação é posta em prática e consegue render bons frutos. A coordenadora executiva do Censo pela Seed, professora Selma Siqueira, explica como funcionou a logística do programa. “Contamos com a participação dos agentes de saúde e de 220 alunos acima de 15 anos, da escola estadual de Santana”.
“Foram eles os responsáveis pelas 1.800 visitas domiciliares, sobre a supervisão da equipe da Seed, que servirão para a formatação dos dados’’, completa a coordenadora, lembrando que a constituição prevê que toda a criança deve estar na escola e, segundo ela, os órgãos aqui já citados, trabalharão para que seja cumprida a lei.
Pós-Censo – O representante da Promotoria dos Direitos à Educação do MPE, promotor Etélio Prado Júnior, explica qual será o procedimento adotado após o Censo. “Apresentaremos todo o levantamento estatístico para o secretário municipal e estadual para que tomem as providências. A prefeitura receberá o relatório onde vai estar a projeção de tudo, para que o prefeito possa plantar suas políticas públicas no município”, diz.
O promotor Etélio Prado garante que no dia do Pós-Censo todas as crianças e adolescentes diagnosticadas como fora da sala de aula, serão matriculadas. “Os pais serão notificados, afim de que haja a matrícula dos filhos. Com os dados em mãos, o prefeito também poderá buscar emendas e convênios para estruturar melhor a sua população. Com certeza Santana do São Francisco vai ter duas histórias, antes e depois do Censo”, acredita.
Solenidade - A realização do programa em Santana do São Francisco contou com a participação de autoridades que representam a educação no estado. Além da coordenadora Selma Siqueira e do promotor Etélio Prado, estiveram presentes a juíza de direito da comarca de Neópolis, Rosivan Machado, a titular da Promotoria da comarca, promotora Karla Cristiany, o promotor de Justiça, Luis Fausto Dias, a corregedora do MPE, Cleuza Figueiredo e a deputada estadual, Conceição Vieira.
Na oportunidade, o prefeito do município fez a inauguração da nova estrutura da Escola Municipal Afonso de Oliveira Fortes que, segundo ele, é o primeiro de muitos frutos que o Censo Educacional trará para Santana do São Francisco. “Nossa escola está toda repaginada para oferecer mais conforto e qualidade aos nossos alunos e professores. E isso é só o começo”, disse.
Durante a solenidade, todos deixaram exposto o quão acreditam na educação como a maior fórmula para o desenvolvimento. Os participantes foram agraciados com a apresentação do grupo de quadrilha remelexo, do povoado saúde, e do grupo de idosos de samba de coco. Além disso, a prefeitura também presenteou as autoridades com peças de artesanato produzidas pelos artesões locais.
Luiza Sampaio, assessoria empauta
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