Motoristas de ambulâncias pedem reajuste salarial e isonomia no horário.
A categoria faz paralisação por tempo indeterminado a partir de terça (13).
Adilson Ferreira Melo, presidente do Sindconam/SE
(Foto: Marina Fontenele/G1 SE)
(Foto: Marina Fontenele/G1 SE)
Os motoristas das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Sergipe (Samu) vão paralisar as atividades por tempo indeterminado a partir das 6h de terça-feira (13). Apesar disso, a assessoria de comunicação da Fundação Hospitalar deSaúde em Sergipe garante que o usuário não será prejudicado.
“Todas as medidas necessárias para evitar a desassistência do usuário estão sendo tomadas”, afirma o assessor José Castilho sem especificar quais são essas ações. A categoria reivindica isonomia da carga horária, reajuste salarial e direito de voto na mesa de negociação do Serviço Único de Saúde (SUS).
De acordo com Adilson Ferreira Melo, presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Estado de Sergipe (Sindconam-SE), os motoristas não têm reajuste desde setembro de 2006 no salário base de R$ 553,49, exceto na parte variável dos vencimentos.
“A gente trabalha salvando vidas e ganha um salário de fome desses. Nós temos duas funções em uma: a de dirigir e a de trabalhar como socorrista no atendimento pré-hospitalar móvel”. Ferreira diz ainda que a administração do Estado já está ciente das solicitações dos condutores, apresentada na mesa de negociação do SUS e na manifestação realizada no dia 14 de fevereiro.
O presidente acusa o secretário de Estado da Saúde de negar os pedidos de reunião do sindicato. “O secretário está fugindo da gente, por isso nós vamos mostrar a nossa força e união na tentativa de pressionar uma negociação”. A Fundação Hospitalar nega a acusação e diz que mantém diálogo aberto com todos os sindicatos de trabalhadores.
O sindicato estima que todos os 350 condutores de ambulâncias do Samu Sergipe vão aderir à paralisação. No entanto, o Sindconam garante de 50% do efetivo continuará trabalhando nos dias de paralisação conforme previsto na lei. No final da tarde de terça-feira (13), a categoria se reunir para votar na continuidade ou não do ato.
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