Ex-alunos armados invadem escola e ameaçam estudantes em Sergipe

O grupo de ex-alunos costuma invadir a escola
através de um matagal nos fundos do prédio
(Foto: Flávio Antunes/G1 SE)

Um grupo de ex-alunos armados com facas e até um revólver invadiu a Escola Municipal de Ensino Fundamental João Teles Menezes, ameaçou professores e estudantes da instituição localizada na Rua Santa Terezinha, no Loteamento Getimana, Zona Norte de Aracaju (SE).

O caso ocorreu na tarde desta segunda-feira (26) e um boletim de ocorrência foi registrado na manhã desta terça-feira (27) na Delegacia Plantonista. De acordo com uma das coordenadoras, que preferiu não ser identificada, essa não foi a primeira vez que o grupo esteve no local intimidando os estudantes, bem como utilizando drogas nos fundos do prédio. Os professores temem que um tiroteio possa ocorrer no colégio.

“Desde o dia 12 de março quando iniciamos efetivamente o ano letivo que esses jovens tem vindo constantemente ao colégio. Eles são ex-alunos, boa parte deles é repetente, e costumam entrar no prédio pelos fundos, pulando o muro que divide a escola de um matagal”, disse.

Ainda de acordo com a coordenadora, os jovens andam livremente pelos corredores e pátio, mexendo com os estudantes, ‘paquerando’ as alunas e perseguindo os homossexuais. “É uma situação muito complicada, pois costumam agir com violência com os alunos homossexuais, bem como perturbam alunos e professores nas salas de aula. Assim que são notados nós acionamos a polícia e eles acabam fugindo com a chegada dos PM´s. No entanto, acabam retornando pouco depois dos policiais deixarem o local. Nos sentimos muito ameaçados com isso”.

Por orientação do secretário municipal da Educação, Antônio Bitencourt, a direção decidiu registrar um boletim de ocorrência como medida protetiva. “Temos a informação de que um desses jovens é suspeito de assassinar um adolescente no Bairro Cidade Nova, também na Zona Norte, que é vizinho ao Getimana, e por isso tememos que um tiroteio e até mesmo um aluno nosso possa ser morto por eles. O secretário da Educação nos orientou e nesta terça-feira (27) esteve aqui no colégio para pegar uma cópia do boletim de ocorrência e acompanhar de perto os relatos de professores e coordenadores que estão reféns da violência”, ressaltou a coordenadora.