quinta-feira, 1 de março de 2012

Senador nega traição ao grupo liderado por governador de SE


Deputada entregou todos os cargos do executivo indicados por ela.
Marcelo Déda evitou jornalistas e não se pronunciou sobre o caso.


A polêmica sobre a crise política na base aliada do Governo do Estado teve desdobramentos nesta quarta-feira (29). O assunto voltou à discussão na Assembleia Legislativa.

A deputada estadual Maria Mendonça (PSB), usou a tribuna da Assembleia para dizer que não entendeu o motivo da exoneração da irmã dela do Detran e disse que não traiu o governador. Em seguida abriu mão de todos os cargos no executivo indicados por ela.

O senador Eduardo Amorim (PSC) se reuniu no início da noite com deputados que participaram da votação da Mesa Diretora do Biênio 2013/2014. Ele garantiu que não houve traição ao grupo liderado por Marcelo Déda (PT). "Estou com a consciencia tranquila, não houve golpe nem traição. Não vamos fazer nenhum tipo de revanchismo.", disse.

O governador Marcelo Déda deixou de comparecer, em Aracaju, à solenidade de inauguração da Administradora de Seguros do Banco do Estado de Sergipe. Quem esteve lá foi o vice-governador Jackson Barreto (PMDB), que se esquivou de comentar a crise. “Quem vai se pronunciar sobre o assunto é o governador”, desconversou.

A polêmica começou na segunda-feira (27), quando os deputados filiados aos partidos aliados ao PSC se uniram aos deputados da oposição, formaram uma chapa e elegeram a nova Mesa Diretora da Casa. Dois deputados da base aliada do Governo que estão na atual Mesa Diretora não foram incluídos na chapa.
Um dia após a sessão ordinária com a realização da eleição ‘relâmpago’ da nova Mesa Diretora para o biênio 2013/2014, da Assembleia Legislativa de Sergipe, o governador Marcelo Déda (PT) se reuniu com dois secretários de Estado, indicados pelo PSC e pediu a exoneração deles.

A assessoria de comunicação do Governo confirmou que Déda esteve reunido na manhã da terça-feira (28) no Palácio dos Despachos com os secretários Zeca da Silva (Desenvolvimento Econômico, Ciências e Tecnologia) e João da Graça (Articulação Política e Relações Institucionais), mas não oficializou a exoneração.

Através da sua página no Twitter, o governador desconversou. “Não é hora de falar, mas refletir e agir”, postou. As assessorias dos secretários confirmaram o pedido de exoneração.
“A eleição foi realizada sem consenso na Casa e sem a participação de nove deputados. “Nos deram 40 minutos para formação de uma chapa. Isso sem que nós soubéssemos sequer que haveria eleição naquele dia”, explica o deputado Francisco Gualberto (PT), líder da situação.

Nove deputados governistas apoiaram a posição de Gualberto e não participaram da eleição da Mesa. Além do líder, se retiraram do plenário na hora da votação Conceição Vieira (PT), Gustinho Ribeiro (PSD), Ana Lúcia (PT), João Daniel (PT), Luís Mitidieri (PSD), Jeferson Andrade (PSD), Garibalde Mendonça (PMDB) e Zezinho Guimarães (PMDB).

Em 2010, Marcelo Déda (PT) foi reeleito governador de Sergipe com apoio do PSC, PSB, PDT e PC do B.
G1-SE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Usuarios online