Diante do bombardeio do deputado e ex-ministro Ciro Gomes (PSB) para manter sua candidatura presidencial, o Planalto decidiu mudar de estratégia: agora vai jogar pesado com o PSB e tentar sufocar o partido, principalmente dificultando as alianças regionais.
O governo fará forte pressão em Pernambuco, onde o governador Eduardo Campos, presidente do PSB, vai tentar a reeleição com o apoio do PT. Também deve jogar pesado em estados como Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe, ameaçando dificultar acordos regionais já adiantados.
A estratégia, com isso, é repassar para o PSB o ônus político da retirada da candidatura de Ciro.
A reação se dá após dias seguidos de ácidas críticas de Ciro ao PT, ao PMDB e, principalmente, ao próprio Lula. O tom enfático do deputado pegou de surpresa o governo e o PT. Segundo um ministro, não se esperava que ele fosse tão duro.Petistas ameaçam romper com Cid Gomes No Ceará, vários petistas já ameaçam retirar apoio à reeleição do governador Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro.
No Rio Grande do Norte, a governadora Wilma Faria (PSB) quer fechar aliança com o PT para disputar uma vaga para o Senado.
E, em Sergipe, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB) deseja tentar a reeleição com o apoio do governador Marcelo Déda (PT-SE). O PT ameaça dificultar até mesmo alianças para as eleições proporcionais, o que prejudicaria a eleição de deputados federais pelo PSB.
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