Os 2.741 empregos formais gerados pela economia sergipana no mês de outubro deste ano levaram o estado a obter pela quinta vez seguida neste ano um resultado positivo na criação de novos postos de trabalho. O número divulgado nesta segunda-feira, 16, pelo Ministério do Trabalho, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que Sergipe também alcançou o segundo melhor resultado para o período durante a última década.
Em 2009, entre demissões e novas contratações, Sergipe conseguiu criar 8.370 vagas com carteira assinada. Já nos últimos 12 meses, o estado gerou 7.660 novos empregos formais. O balanço do mês de outubro mostra que foram realizadas 9.002 admissões e 6.261 desligamentos. Os grandes destaques ficaram por conta da Indústria de Transformação, com 1.281 novos empregos gerados, e a Construção Civil, com 817 vagas.
Para se ter uma ideia da relevância dos números, esse foi o período em que as duas atividades criaram mais postos de trabalho durante os últimos dez anos. Somente em 2009, a indústria de transformação já conseguiu gerar 1.866 empregos, enquanto o setor de Construção Civil foi responsável pela abertura de 3.712 novas vagas.
Também merecem destaque em outubro a criação de novos empregos no comércio (294 vagas), agropecuária (231 empregos) e serviços (103 postos de trabalho). De acordo com o governador em exercício, Belivaldo Chagas, os números revelam que a economia sergipana, apesar de sofrer bastante com a crise econômica internacional, não deixou de crescer.
“Conseguimos um número surpreendente de novos empregos durante o ano. O mês de outubro mostra que a nossa política de preservar os investimentos têm alcançado excelentes resultados. Sergipe soube enfrentar com bastante empenho os momentos mais difíceis e agora colhemos os resultados”.
Setores
Para o assessor econômico do Governo de Sergipe, Ricardo Lacerda, os números do Caged revelam que a indústria sergipana continua dando sinais de recuperação após um período de grandes dificuldades. “Praticamente todos os setores conseguiram abrir novos postos de trabalho este mês. As indústrias de alimentos e bebidas criaram 731 empregos, enquanto o setor calçadista gerou outros 174. São números bastante interessantes.
De acordo com o economista, a melhora no cenário econômico permitiu que algumas empresas que haviam desativado suas linhas de produção voltassem a produzir. Com relação às indústrias de calçados, ele alerta que as medidas adotadas pelo Governo do Estado para beneficiar o setor, como a tentativa de agilizar um processo que investiga a prática de dumping (ação que ocorre quando um país exporta um produto por um valor inferior ao comercializado em seu mercado interno), por parte do setor calçadista chinês, têm beneficiado os empresários.
“O número apresentado pela indústria calçadista permitiu que o setor atingisse a geração de 708 postos de trabalho no ano. Esse número é o maior dentre todos que integram a área de Indústria de Transformação”, salientou.
Novos empregos
A geração de empregos na indústria sergipana, sobretudo no setor calçadista, tende a continuar apresentando sinais de crescimento. De acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia, e do Turismo, Jorge Santana, uma parceria do Governo de Sergipe com a empresa Dakota permitirá que a expansão da unidade da indústria sediada em Simão Dias ofereça 500 novos empregos nos próximos 120 dias.
“O Governo tem oferecido totais condições para que todos os setores da indústria possam continuar crescendo. Temos certeza que os números para os próximos meses serão ainda melhores. Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho merecem ser comemorados com bastante entusiasmo”.
Construção Civil
Para o presidente da Associação Sergipana de Obras Públicas e Privadas (Aseopp), o empresário Luciano Barreto, as contratações feitas pelo setor de construção civil foram diretamente influenciadas pelos programas governamentais de construção de novos imóveis, além da realização de diversas obras públicas.
“Através de iniciativas como o ‘Casa Nova, Vida Nova’ e o ‘Minha Casa, Minha Vida’, pequenas, médias e grandes construtoras têm conseguido se manter em atividade e ampliar o número de lançamentos, o que consequentemente propicia a geração de novas vagas. A realização de obras como a Ponte Joel Silveira e de outras construções também garantem que o setor permaneça aquecido”, destacou.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias
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