A Polícia Civil de Sergipe indiciou a presidente da Associação Comunitária do Bairro Novo Paraíso, Eunice Adriana de Jesus, por estelionato. A informação é que ela em parceria com Natalícia Ana de Jesus Conceição, enganou 35 pessoas da comunidade com a promessa de inscrição facilitada nos programas habitacionais do Governo Federal, mas precisamente no Programa de Arrendamento Residencial (PAR) e no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
De acordo com o titular da 8ª Delegacia Metropolitana, delegado Paulo Márcio, Eunice cobrou de cada pessoa o valor de R$ 100 para inscrevê-las nas casas do PAR e do PAC. Levantamento da polícia mostra que ela se apropriou de R$ 3.500 das vítimas, que só descobriram o golpe após constatarem junto à Caixa Econômica Federal, à Prefeitura Municipal de Aracaju e à Fundação Municipal do Trabalho (Fundat) que não foram inscritas em nenhum programa habitacional.
O delegado Paulo Márcio informou que muitas das vítimas, por receio ou vergonha, deixaram de procurar a delegacia e outros órgãos públicos. “Não obstante, o inquérito foi realizado com a ouvida de quatro vítimas e das pessoas envolvidas no crime. Foi constatado que Eunice Adriana de Jesus utilizou a Associação como fachada para perpetrar o crime de estelionato”, analisou o delegado.
Eunice já tem histórico criminal neste tipo de crime. Segundo o delegado, ela responde a outro processo pelo mesmo crime na 2ª Vara Criminal da Comarca de Aracaju, por ter supostamente vendido a diversas pessoas lotes de um terreno que não lhe pertencia, nas proximidades do Presídio do bairro Santa Maria como consta no processo nº. 200521290467.
O delegado informou, ainda, que o Presidente da Fundação Municipal do Trabalho (FUNDAT) encaminhou expediente de folhas 17/19 informando que não existe nenhum termo de cooperação celebrado entre a FUNDAT e a Associação dos Moradores do Bairro Novo Paraíso.
A polícia espera que vítimas se encorajem e procurem a delegacia após a divulgação do caso. “Até agora apenas quatro pessoas formalizaram a denúncia e esperamos que todas as vítimas não tenham medo nem vergonha de contar que foram enganadas’, explicou Paulo Márcio, lembrando que da reviravolta do inquérito de outro caso de estelionato após a divulgação. “No caso da Auto Escola R&S, após a matéria veiculada na imprensa, várias vítimas procuraram a delegacia e os boletins de ocorrências foram posteriormente encaminhados à Justiça”, finalizou.
Fonte: Nenotícias
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