O líder da oposição na Câmara de Rosário do Catete, Delson Leão (PSB), ocupou ontem (3) a tribuna do Legislativo para denunciar a forma como um artigo escrito pelo radialista Márcio Campos foi publicado no semanário Cinform edição desta segunda-feira, 2 de novembro.
O fato mais grave, na opinião do parlamentar, foi a exploração dada pelo radialista George Magalhães, apresentador do programa ‘Dia-a-Dia’ na rádio Ouro Negro de Carmópolis, ao artigo. Em seu programa de ontem, de acordo com Delson Leão, o radialista informava que se tratava de uma matéria do jornal quando, na verdade, era uma opinião paga, negociada com o departamento comercial do órgão de comunicação.
“O Cinform não tem culpa nenhuma nas inverdades publicadas no artigo, só que este mesmo George Magalhães, que fez questão de ler todo o texto em seu programa, foi o responsável por negociar com um dos diretores do jornal, Vicente Trípode, o preço da publicação, que custou R$ 3 mil. Essa informação foi confirmada pelo próprio diretor a um assessor nosso, que também confirmou a ida de George ao Cinform com o diretor de redação, jornalista Jozailto Lima”, revelou o parlamentar.
Delson Leão questionou a falta de imparcialidade do radialista, que negociou a publicação da nota e, durante todo o programa, fez questão de dizer que era democrático. “Democrático? Que democracia é essa? Como pode um mesmo profissional que vendeu a nota se passar por paladino da moralidade e defender o grupo que pagou para a matéria ser publicada? Acredito que a direção da Rádio Ouro Negro nem sabe disso”, denuncia o líder da oposição.
Segundo o vereador, a assessoria jurídica do ex-prefeito Wagner Quintela já está tomando as providências judiciais cabíveis contra o radialista e os autores da nota, que demonstra o desespero da situação com a possibilidade de perder o poder em virtude das oito ações de crime eleitoral que tramitam na Justiça. “Eles agora querem se passar por coitadinhos, por vítimas quando, na verdade, a grande vítima foi o povo, que teve cassado seu direito de eleger um prefeito legitimamente pelo voto, tomado pelo abuso econômico e político”, comentou Delson Leão.
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