Um homem não vive sem ideais e uma cidade não pode crescer sem estes ideais”. Com estas palavras entusiasmadas, a professora Aglaé Fontes, secretária de Cultura de São Cristóvão e uma das principais representantes da cultura sergipana, resumiu o sentimento de todos os que compareceram à Conferência Municipal de Cultura de São Cristóvão, que aconteceu nesta sexta-feira, 30.
O encontro que reuniu vários artistas e produtores culturais da cidade buscou sensibilizar os cidadãos são-cristovenses para o fato de que eles são os principais responsáveis para a consolidação de São Cristóvão como um patrimônio cultural da humanidade, além de prepará-los para a Conferência Estadual de Cultura, que acontece nos dias 3 e 4 de dezembro.
Aglaé Fontes explica que delimitou cinco grupos de trabalho para melhor discutir os temas abordados pela conferência: Economia da Cultura; Cidadania e Cultura Simbólica. “Definimos cinco grupos de trabalho que tratam de Produção Simbólica; Cultura, Cidade e Cidadania; Cultura e Desenvolvimento Sustentável; Cultura e Economia Criativa e Gestão Institucional da Cultura, para, a partir deles, construirmos uma política cultural eficaz e que alcance a toda a população de São Cristóvão”, assegurou.
Para a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, as conferências representam um passo importante para a consolidação das políticas públicas que estão sendo discutidas nacionalmente e são uma etapa fundamental para conduzir Sergipe à Conferência Nacional.
“O que o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura, está fazendo no momento em que apoia estas conferências municipais é justamente estimar os municípios a elaborar seus planos municipais de cultura e a criar inclusive ferramentas de gestão importantes como fundos municipais de cultura”, explicou Eloísa.
Outro ponto destacado pela secretária é a importância que as conferências municipais têm para selecionar os delegados que farão parte das comissões estadual e nacional. “A partir destas conferências, nós teremos a retirada de delegados para a etapa estadual, que acontece em dezembro, e a nacional, que acontece em março. Então, este é o convite que o poder público faz para que os agentes e produtores culturais possam nos ajudar na condução da política cultual de Sergipe”, enfatizou.
Polo cultural
São Cristóvão é a 4º cidade mais antiga do Brasil e tem um rico acervo histórico e cultural para ser mostrado. São 419 anos de história retratados nas ruas, prédios e no povo desta cidade. Para Thiago Fragata, diretor do Museu Histórico de Sergipe, é muito importante para a cidade mandar um representante para Brasília e lutar por vaga na conferência estadual, pois o município se manterá ainda mais centrado na busca pelo título de Patrimônio Histórico da Humanidade.
“São Cristóvão é um polo com enorme potencial cultural, seja na arquitetura, folclore, artesanato, artes plásticas, dentre outros. Portanto, as pessoas que fazem a cena cultural do município não podem estar de fora deste processo, principalmente por São Cristóvão ser candidata a Patrimônio da Humanidade e precisar estar bem representada”, ressaltou.
Já Jorge dos Santos, líder do tradicional grupo das Taieiras da cidade, defende que é preciso proporcionar este conhecimento ao povo são-cristovense para que todos possam valorizar ainda mais sua cidade. “O povo de São Cristóvão precisa aprender que mora em uma cidade histórica e admirar e respeitar cada vez mais isso. Adquirir conhecimento é a melhor forma de poder passar nossa cultura para as outras gerações e até para as pessoas que visitam nossa cidade”, finalizou.
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