Vacinação ainda não é principal a ação a ser tomada.
Criança de oito anos foi uma das vítimas do surto.
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (07), o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, esclareceu alguns detalhes da situação da meningite em Sergipe, após o surto da doença. Até o último domingo foram confirmadas quatro mortes. O número de casos registados esse ano chegam a 12.
No último fim de semana a secretaria confirmou o surto de meningite no povoado Junco, munícipio de Areia Branca. Foram internadas cinco pessoas com a doença depois de uma festa. Inclusive uma criança de oito anos. Em 2011, 54 casos, sendo desses, 11 do tipo de meningocóicica, ou seja, com risco de transmissão. Nesse mesmo ano a doença fez sete vítimas. Já em 2010 o número de mortes chegou a oito.
Secretário esclarece
“Não se consegue evitar um surto o que se consegue é controlar. Na ocorrência da meningite nós fizemos todas as medidas que são preconizadas pelo ministério da saúde na sua área técnica de vigilância a saúde, principalmente na identificação do caso em si e dos casos comunicantes”, explica Antônio Carlos Guimarães, secretário de Estado da Saúde.
Os primeiros passos para o controle da situação foram tomados com medidas profiláticas. “Todas as pessoas que tiveram contato próximo ou intradomiciliar ou contato no sentido de fazer o atendimento a pessoa doente diagnosticada com meningite, nós fizemos as mediadas de profilaxia, ou seja, fizemos a prescrição do antibiótico que se usa durante dois dias, prevenindo assim a ocorrência da manifestação de doença nesse comunicante”, explica.
A poucos dias da maior festa popular o secretário conta que consultará o Ministério da Saúde, caso a doença se propague. “Nós estamos nesse instante a poucos dias do carnaval e a principal questão que nós temos é de manter a vigilância muita atenta na ocorrência de novos casos. Caso haja uma piora dessa situação epidemiológica com o aumento no número de casos, com o surgimento da doença em outros municípios, ai nós iremos avaliar a situação, tanto junto aos municípios como também ao Ministério da Saúde para tomarmos a melhor decisão”.
Ainda de acordo com o secretário uma campanha de vacinação está descartada. “A vacinação ainda não é a principal ação a ser tomada. O que estamos priorizando é a quimioprofilaxia, pois a vacina não funciona de imediato. Ela demora 20 dias para que se formem anticorpos no corpo humano e consequentemente combata o micróbio da infecção”, destaca.
Antônio Carlos Guimarães alerta sobre alguns cuidados. “Caso alguém tenha tido o contato com algum doente de meningite que não foi ainda buscado pela nossa equipe, é muito importante buscar uma unidade de saúde e comentar o contato que realizou. Lembrando que o contato tem que ser próximo, ou seja, aproximadamente de 1 metro, onde ocorra um contato com gotículas que tenham saído da fala, ao tossir e ou até mesmo na respiração”
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