sábado, 26 de dezembro de 2009

Atendimento em bares ainda gera queixas


Sergipanos e turistas continuam a se queixar do atendimento ruim e do despreparo de muitos garçons de Aracaju




Garçom há 18 anos, Marques diz que atendimento é o diferencial
“Não adianta ter comida boa e bebida gelada, nós temos que vender é o bom atendimento”. Com essas palavras, Rogério Marques, que há 18 anos trabalha como garçom, destacou a deficiência dos atendimentos nos bares da orla de Aracaju.
Ele diz que ainda existe carência neste serviço e que o  atendimento se torna um diferencial que atrai clientes cativos. "Enquanto os profissionais não entenderem que hoje em dia o diferencial está no atendimento, vão perder muitos clientes”, enfatizou Marques.
O garçom, que já fez diversos cursos de aperfeiçoamento e que hoje trabalha em um dos bares mais movimentados na Passarela do Caranguejo, ressaltou que as pessoas que chegam para visitar a cidade querem ser bem acolhidas e bem recebidas. “Elas podem beber e comer bem em diversos pontos de Aracaju, mas preferem os lugares onde são melhor atendidas”, pontuou Rogério.

Empresário diz que o atendimento é bom, mas pode melhorar

Turistas
Para o empresário baiano Marco Antônio, que já mora em Aracaju há 27 anos,  o atendimento em alguns lugares é bom, mas precisa ainda ser melhorado. “Se compararmos a Salvador, que é minha cidade natal, os sergipanos não deixam a desejar, no entanto é preciso melhorar bastante e acompanhar o crescimento da cidade”, enfatizou o empresário.
Dois amigos de Marco Antônio, turistas baianos que visitam a capital sergipana, ressaltam a necessidade dos bares realizarem treinamento e cursos para os funcionários. “Sergipe recebe muitos turistas, inclusive de fora do país. Já é preciso pensar em oferecer um curso de inglês básico para os funcionários, por exemplo”, pontuou Silvio Fellipe, turista de Salvador.
Treinamento
Já para as amigas Maria José e Marta Leite, os garçons não são preparados para atender bem as pessoas. “Atender bem não é só segurar uma bandeja e entregar o seu pedido, tem que ter satisfação no que faz, ser agradável”, ressaltou Maria José.


Amigas afirmam que garçons precisam participar de cursos de aperfeiçoamento

Baiana de Feira de Santana, Marta Leite pontuou que todos os profissionais, independente da área de atuação, precisam de reciclagem e treinamentos. “Temos que fazer curso de aperfeiçoamento para atender à exigência do mercado. Os garçons também precisam entender isso e buscar esse aperfeiçoamento”, ressaltou a baiana.
A Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur) informa que tem realizado curso de aperfeiçoamento para garçons, além de curso de inglês básico inteiramente grátis para profissionais que atuam no mercado.
“A grande dificuldade do turismo em Sergipe acontece pelo despreparo de profissionais em bares e hotéis daqui. Então a Emsetur busca sanar essa dificuldade colocando à disposição desses profissionais cursos de aperfeiçoamento”, explicou o diretor de operações da Emsetur, Diego da Costa.

Emsetur realiza cursos gratuitos
Aperfeiçoamento

O diretor também pontuou que o número de pessoas que trabalham nos bares e participam dos cursos ainda é mínimo. “A procura ainda é maior por parte dos hotéis. Acredito que isso acontece por conta da informalidade e da estrutura de alguns bares. Nós buscamos avisar a todos os empresários do ramo a respeito dos cursos e esperamos que eles possam incentivar o seu funcionário a participar, mas isso ainda é muito difícil”, fala Diego
Cursos X Funcionários
Segundo o gerente de um bar na orla de Atalaia, Raimundo Oliveira, o estabelecimento procura melhorar o atendimento, contratando mais funcionários e realizando treinamentos. “Sempre nesse período nós aumentamos o quadro de funcionários e também realizamos reuniões toda semana para discutir alguns pontos, sem contar que mandamos nossos funcionários participar de treinamento”, comentou Raimundo.

Raimundo diz que realiza treinamento para funcionários

Já para o garçom José Hunaldo, mais conhecido como Sinho,  todos os garçons sempre têm conhecimentos desses curso por parte da Emsetur, mas não conseguem participar. “Por conta do tempo e do horário a gente não consegue participar”, explicou Sinho.
O garçom também ressaltou que todas as vezes que fez treinamento ou algum outro curso sempre foi por conta própria. “Nunca fizemos nada por conta da empresa. Já fiz curso de inglês básico e outros treinamentos, mas pagando do meu bolso. Gosto de tratar bem as pessoas, independente de ganhar para isso ou não” ressaltou.
No verão passado o Portal Infonet produziu uma reportagem com tema semelhante e teve uma grande repercussão. Você acha que o atendimento nos bares e restaurantes da capital sergipana já melhorou? Opine através do link 'Enviar Comentário'.  
Fonte: infonet

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