Os casos de injúria racial, cada vez mais divulgados na imprensa sergipana, levaram a realização de uma audiência para discutir o preconceito racial, na manhã desta segunda-feira (14). No evento, estiveram reunidos representantes de movimentos sociais, do poder público do Estado, Secretaria de Segurança Pública e o ouvidor geral do Ministério da Igualdade Racial da Presidência da República (Seprir), Humberto Adami, que veio a Sergipe exclusivamente para o debate.
No Estado, somente neste ano, foram registradas na delegacia de Grupos de Vulneráveis, 15 denúncias relacionadas com racismo. Para o ouvidor da Seprir, Humberto Adami, não é possível eliminar as leis do país. "É preciso seguir o que diz a lei, esse tipo de crime não pode ser admitido", ressaltou.
De acordo com a delegada Georlize Teles, o caso mais recente, que foi caracterizado como racismo, ocorreu há cerca de 15 dias em um shopping da Capital. "Uma senhora negra entrou numa loja e derrubou um objeto. Quando a funcionária percebeu o acidente fez uso de uma frase pejorativa", explicou.
Na audiência, o supervisor de atendimento da empresa aérea, Diego José Gonzaga, que foi vítima de injúria racial no caso do aeroporto, que ficou conhecido nacionalmente, também esteve presente. "Resolvi fazer a denúncia para servir de exemplo e encorajar outras pessoas que sejam vítimas de preconceito", declarou o funcionário, que pela primeira vez mostrou o rosto.
Fonte: atalaia agora
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