Depois de anos sem uma entidade que as representasse e lutasse por seu direitos, as rádios comunitárias sergipanas fundaram, nesta terça-feira, 15/12, a seccional de Sergipe da Associação Brasileira de Rádios Comunitários – ABRAÇO/SE. A assembleia de fundação contou com a participação de quatorze associações de rádios comunitárias da capital e interior do Estado, e aconteceu na sede da CUT/SE, que deu todo o apoio para que esse velho sonho dos radiocomunitaristas sergipanos se concretizasse.
“A CUT se sente orgulhosa de ter ajudado na construção da ABRAÇO de Sergipe e de ter contribuído para que esse processo fosse exitoso. Há muito defendemos que as comunicações no Brasil precisam ser democratizadas, precisam ser mais acessíveis às comunidades, aos cidadãos e aos trabalhadores, e essa democratização passa, necessariamente, pela ampliação das emissoras comunitárias”, destacou o secretário de Comunicação da CUT/SE e presidente do Sindijor, jornalista George Washington, que acompanhou toda a assembleia de fundação da ABRAÇO/SE.
Wahington também defende o fim da ofensiva discriminatória contra as rádios e Tvs comunitárias em todo o país, o que, segundo ele, serve somente aos interesses dos grande grupos de mídia.
“Os grande grupos empresariais pressionam e a Anatel, Ministéiro das Comunicações e Polícia Federal atuam para criminalizar e fechar emissoras comunitárias, tudo para garantir que os interesses econômicos e corporativos das emissoras comerciais não sejam abaladas. Comunicação é um direito humano, um direito de todos. Por isso, a ABRAÇO de Sergipe tem um papel fundamental de lutar para acabar com essa lógica, que privilegia a comunicação como um direito de poucos”, diz.
Tarefas e bandeiras de luta - Além de lutar contra a criminalização das emissoras comunitárias, a entidade maior dos radiocomunitaristas de Sergipe nasce com a tarefa de buscar aglutinar todos os segmentos de rádios comunitárias no Estado para lutar pelos interesses da radiodifusão comunitária, pela a democratização da comunicação, ampliar o acesso de todos os segmentos excluídos da sociedade à utilização dos meios de comunicação social, fomentar o desenvolvimento da capacidade de geração de informação a todos os segmentos sociais, desenvolver programas de formação de dirigentes e radiocomunicadores comunitários, fomentar regionalmente a articulação entre as rádios comunitárias e entre estas e os segmentos sociais em luta por políticas públicas, entre outras bandeiras.
“Este é um momento histórico e pelo qual há muito esperávamos. Agora, temos uma entidade que verdadeiramente vai nos representar e defender os nossos interesses. Com a união de forças de várias representações de rádios comunitários e de vários segmentos sociais e sindicais, como a CUT e o Sindijor, conseguimos realizar esse sonho, há muito perseguido por todos nós, que não tínhamos quem nos representasse”, salientou Roberto Amorim Ferreira, da Associação de Radiodifusão do Orlando Dantas, eleito, por unanimidade, coordenador executivo da ABRAÇO/SE.
“Agora é fazer um trabalho consecutivo, conseqüente, coletivo e de luta, reunindo cada vez mais as rádios comunitárias de Sergipe e buscando garantir que a radiodifusão comunitária seja respeitada e tenha garantido, cada vez mais, o seu espaço nas comunidades e na sociedade. Vamos analisar, individualmente, os problemas de cada associação e implementar ações que nos possibilidade resolver problemas legais e burocráticos no âmbito do Ministério das Comunicações e Anatel, como também no Congresso Nacional, onde temos parlamentares ”, apontou Ferreira.
Para Edmilson Balbino Santos, da Associação Comunitária Nossa Senhora da Conceição, que administra a Rádio Comunitária Amanhecer FM, em Canindé do São Francisco, o momento é importante e é um passo adiante para que as rádios comunitárias lutem pelo seu espaço e pela democratização da comunicação.
“A ABRAÇO de Sergipe nasce no momento certo, no momento em que vivemos uma enorme dificuldade no que diz respeito às rádios comunitárias. É muito oportuno que nos organizemos e, a partir desse momento, com a união dos companheiros, estejamos mais preparados para enfrentar essa luta difícil, que é levar à frente uma rádio comunitária”, disse Balbino.
Ainda de acordo com ele, fala-se muito em democracia no Brasil e democratização dos meios do comunicação. “Mas, na prática, efetivamente, a população tem pouquíssimo acesso a esses meios. As comunidades, os movimentos sociais e os trabalhadores são pouco representados nessa comunicação que a gente vê nos grande meios. A saída são as rádios comunitárias, que fala muito mais próximo do cidadão comum do interior, cabe a nós esse papel de aproximar a comunicação muito mais das comunidades e dos seus problemas”, destaca Edmilson.
FONTE: FAXAJU
Gostaria de saber mais sobre esse assunto, pois concordo perfeitamente que a comunicação é um direito de todos e não de alguns privilegiados, sou presedente da associação do marivan, e quero ser parceira nessa luta, se quiser entre em contato com email: gclaudiaramos@hotmail.com, ou 8826-9167. Conte conosco!
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