terça-feira, 11 de maio de 2010

Servidores denunciam condições precárias do IPES em Propriá


O presidente da Câmara de Vereadores de Propriá, vereador Aelson Santos, visitou na manhã desta segunda-feira, (10), a sede do IPES, no município e se deparou com as péssimas condições das instalações do prédio e a falta de equipamentos e material de trabalho, para que os servidores possam prestar um bom atendimento aos usuários. A visita foi solicitada por uma comissão de funcionários, que compareceu à Câmara na semana passada. Os relatos feitos pelos servidores mostram o real motivo pelo qual o Instituto se encontre em decadência no Estado.
De acordo com o cirurgião dentista Jânio Nascimento, se a Vigilância Sanitária fizesse uma inspeção, o prédio seria obrigado a fechar as portas. "Se a vigilância sanitária fizesse uma vistoria básica, mandaria fechar a unidade na hora" afirmou. Jânio também reclamou das péssimas condições de trabalho, dos equipamentos e/ou da falta deles. "Trabalhamos aqui com equipamentos em péssimas condições, a falta de material é constante e as salas não possuem sequer um ar-condicionado. Dessa forma, fica difícil prestar um bom atendimento e dá um pouco mais de conforto aos usuários", acrescentou.   
 
A agente administrativa que coordena a unidade, Laise Maria Barbosa Guimarães Ferreira, disse que nunca viu a unidade chegar ao estado em que se encontra hoje. "O IPES em Propriá tinha doze servidores e já chegou a atender o público com cinco médicos de várias especialidades e mais dois dentistas. Hoje, atende só com cinco servidores, entre eles, um dentista e um médico. Sendo assim, não dá para suprir as necessidades dos atendimentos, que, mesmo sendo realizado com muito esforço e dedicação por parte dos profissionais, é feito de forma precária", lamentou.

Segundo Laise, a maior deficiência é de equipamentos para dentista. “Falta instrumentos para periodontia e outros instrumentos odontológicos como um fotopolimerizador e suas respectivas resinas, amalgamador, raio-x, ar-condicionados e tantas outras coisas. A nossa angústia aumenta ainda mais quando fazemos relatórios mensais das necessidades da unidade e parece que é feita uma espécie de vistas grosas e ninguém dá atenção" ressalta a servidora.
 
De acordo com o presidente da Câmara de Vereadores, Aelson Santos, é notório o descaso por parte da presidência do IPES, já que a unidade funciona sem nenhuma estrutura e se fechar as portas, o caos está instalado. "Se a unidade fechar, vai ser um caos, tendo em vista que os usuários terão que se deslocar até Aracaju para arriscar atendimento. Sem falar  no enfraquecimento da economia da cidade, pois cairá o número de exames feitos pelas clínicas e laboratórios; as farmácias vão deixar de vender mais medicamentos, já que, a consulta sendo realizada na capital, os usuários vão comprar tudo por lá. Como também, os servidores serão transferidos para outras unidades e, por conta disso, obrigados a mudar a sua rotina de vida", disse, indignado, o vereador.

Aelson Santos comentou também que há cerca de um mês, o presidente do órgão visitou Propriá para assinar convênios com uma clínica médica e outra de fisioterapia, mas até agora nada vigorou. “A presidência do IPES tem que dar à unidade regional de Propriá a mesma atenção que deu ao IPES de Estância, por exemplo. Naquela cidade, as instalações foram reformadas. Se for preciso, vamos ter que falar com a secretária de estado da saúde ou até mesmo com o Governador Marcelo Déda para rever a situação do IPES em Propriá. Esta unidade atende não só aos servidores do Estado que residem neste município, mas também de toda a região. Todos merecem uma maior atenção do Governo", frisou Aelson.

 

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