Um prejuízo de R$ 481,45. Essa é a conta paga pelos cofres públicos toda vez que uma viatura operacional do Corpo de Bombeiros, do tipo auto combate e salvamento (ACS), é acionada e deslocada para atender um chamado via Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) gerado pela prática criminosa do trote. O valor foi levantado com base em estudos feitos pelo Centro de Estatísticas e Análise Criminal do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe.
O levantamento considerou gastos com salário do efetivo militar empregado, combustível e valores de revisões e manutenções dos veículos por ano. “O nosso estudo foi feito em cima de um panorama com guarnições de militares formadas apenas por soldados e levando-se em consideração apenas um tipo de viatura. Foram levados em consideração os salários dos militares, combustível e manutenção da viatura. Somado tudo isso chegamos ao valor de R$ 577.742,00 anual. Dividindo por uma média de 1200 atendimentos feitos pela viatura em foco, chegamos ao valor de R$ 481,45 por saída”, explicou o tenente BM, Silvio Leonardo.
Até o dia 23 de março deste ano, o Ciosp contabilizou 95.558 chamadas direcionadas ao Corpo de Bombeiros. Desse total, 89.499 foram trotes, representando um percentual de 93,66% de chamadas geradas pela brincadeira de mau gosto. Apenas no 1° trimestre deste ano as viaturas do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para atender vinte falsas ocorrências, ou seja, contabilizando um gasto para o Estado de R$ 9.629,03. “O problema é sério e além de acarretar um gasto financeiro pode ceifar vidas, pois uma ligação gerada por um trote pode fazer com que nossas equipes deixem de atender um chamado de urgência, onde vidas podem ser salvas”, lembrou Silvio.
Fonte: SSP
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