sábado, 23 de janeiro de 2010

CIDADE DE ALAGOAS TRANCA AS RUAS COM CORRENTE E CADEADO PARA EVITAR CRIMES

Violência tirou o sossego dos 26 mil moradores.  Banco ameaçou deixar a cidade, que tem apenas 10 PMs.

Cansada da presença de bandidos e da ausência de polícia, uma pequena cidade do interior de Alagoas resolveu fechar-se ao crime. Boca da Mata simplesmente trancou ruas com cadeado e corrente.


Boca da Mata é cidadezinha do interior de Alagoas cercada por serras e por muito verde. Parece um lugar tranquilo para se viver, mas a violência tirou o sossego dos 26 mil moradores. É difícil encontrar um comerciante que não tenha uma história para contar. O comerciante José Vanderlei Santos, por exemplo, teve o mercado assaltado duas vezes. Atiraram para todo canto, quebraram tudo, o que tinha na gaveta levaram, relata Santos.


A única agência bancária foi invadida por bandidos oito vezes. “Não podia ouvir um tiro, nem um estouro de bola, de moto, que já baixava as portas. Via alguém correr já pensava que era assalto, era apavorante, diz a comerciante Sônia Pedro da Rocha. Era porque essa situação começou a mudar depois que o banco ameaçou deixar a cidade, que tem apenas 10 policiais militares. Foi, então, que comerciantes, autoridades e lideranças resolveram tomar uma atitude, digamos, de emergência.


Corrente e cadeado


Nem reforço policial, muito menos câmeras de vigilância. A solução que Boca da Mata encontrou para tentar dar a sensação de segurança à população foi bem caseira: corrente e cadeado. Avenidas e ruas de acesso ao centro foram bloqueadas durante o horário comercial. Só uma rua fica aberta para a passagem dos carros.
Se tivéssemos um estado onde o aparelho de Segurança Pública funcionasse de forma adequada, certamente, não estaríamos utilizando essas correntes para nos esconder dessa violência que assola nosso estado, afirma José Gilson da Costa Neves, do Conselho Municipal de Defesa Social.


Coincidência, ou não, os crimes em Boca da Mata pararam. Ainda assim, o sistema de segurança.
O secretário de Defesa Social de Alagoas, Paulo Rubim, disse que outros municípios também puseram correntes e câmeras de vídeo. Segundo ele, faltam policiais no estado.

Fonte: www.g1.com.br

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