Do Sindicato dos Bancários
A diretoria do Banese aproveitou o recesso do Judiciário e as festas de final de ano e lançou um 'Pacote de maldade' contra os baneseanos das agências da capital e do interior. O presente de grego atingiu os funcionários que ocupam funções de gerência e coordenação.
Durante a campanha salarial passada, o Seeb/SE cobrou transparência nos critérios de remanejamentos. A diretoria do banco criou um bem 'interessante'. Adotou o critério de tempo mínimo de permanência de 2 anos e 9 meses nas unidades para compor a lista de transferência. Parece algo bem casuístico. Por que não 3 ou 4 anos?
Trata-se de uma medida com repercussões políticas negativas. Também tem impacto negativo do ponto de vista negocial, uma vez que mexe com todos os gerentes de uma canetada só. Existem clientes que só operam com determinado banco por causa do gerente, daí a possibilidade de o Banese perder negócios é muito grande. Mas o impacto maior e devastador é o político. Estamos em ano eleitoral e essa medida respinga diretamente no governo.
Soubemos que esta ação saiu do chamado núcleo duro da diretoria do Banese, aquele mesmo que em fevereiro de 2007 promoveu a retirada das funções, demitiu o membro da Cipa com estabilidade e se posicionou totalmente contrário à assinatura do Acordo Complementar com o Sindicato. Medidas essas reparadas pela Justiça do Trabalho e pela combatividade dos baneseanos, e que geraram um enorme prejuízo financeiro ao Banese, de R$ 1,5 milhão pago no dia 20 de outubro último.
A direção do SEEB/SE avalia esta ação como um ato de retaliação aos bancários que participaram da greve e acrescenta que isso fere o que ficou firmado no ‘Acordo Coletivo Complementar de Trabalho - minuta específica. Para o presidente do Seeb/SE, José Souza, "a direção executiva do banco agiu como alguém que queria matar algumas poucas garças, mas elas eram todas brancas, então teve que matar o bando inteiro, uma vez que as garças eram todas brancas".
Assim, a diretoria do SEEB/SE informa que está aguardando o retorno do recesso do Judiciário para realizar as ações necessárias contra esse pacote de maldades, e a convocação dos funcionários para trabalhar com extrapolação de jornada e participação de cursos aos sábados e garantir os direitos coletivos da categoria.
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