segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Direito de resposta: Luciano Góes, gerente da fábrica do Maratá rebate as acusações


Estivemos na fábrica de vinagre do Maratá de Lagarto, que esta sendo acusada de poluir riachos que deságuam no Rio Piauí.
 
Entrevistamos o gerente geral Luciano Góes Paul que nos recebeu prontamente, e rebateu as acusações - além de nos dar detalhes sobre o processo de fabricação do vinagre.
 
Luciano deixou claro que o resíduo chamado “vinhoto” nem sequer existe na fábrica, pois já compra o álcool pronto. O vinhoto é um subproduto do processo de fabricação do álcool.
“No fim do mês passado chegaram 90.000 litros de álcool pronto, não o produzimos aqui na fábrica. Compramos o melhor e mais caro álcool do Brasil, pois prezamos pela qualidade dos nossos produtos. Não existe nenhum resíduo derivado da fabricação de álcool saindo aqui da fábrica porque simplesmente não o produzimos.”


Reservatório onde fica armazenado o álcool, ao chegar na fábrica


 
Hélio Júnior, supervisor de produção da fábrica confirmou e explicou o que acontece quando o álcool chega na fábrica direto dos distribuidores:
“O álcool etílico chega e é colocado em grandes reservatórios. Depois ele é diluído com água para a fermentação, para em seguida ser transformado em ácido acético ( vinagre ). Todo o processo é feito através de reservatórios, bombas e tubulações; não existe descarte de resíduo algum da fabricação do vinagre, pois tudo é aproveitado. As fábricas de vinagre do país que ainda produzem o álcool estão obsoletas, não é o nosso caso, pois já o compramos pronto.”


 
A acusação de não existir lagoas de estabilização na fábrica também não procede, Luciano foi enfático:
Existe sim lagoas de estabilização. Todos os resíduos do processo industrial, limpeza de máquinas, esgoto sanitário, são mandados para as lagoas, onde o mesmo recebe um tratamento antes de cair no riacho. Temos um preocupação constante com o meio ambiente, e não seríamos irresponsáveis para cometer um crime ambiental como esse.”


Lagoas de estabilzação da fábrica do Maratá
 
Luciano Góes levantou a suspeita de que os produtos tóxicos possam estar vindo dos esgotos da cidade de Lagarto.
“O riacho onde esta sendo despejado o material da fábrica é o mesmo onde cai o esgoto da cidade de Lagarto, do DESO, e cidades circunvizinhas. Para se ter uma idéia, este riacho recebe esgoto até de Simão Dias. Ai fica difícil saber de onde vem este veneno”, rebateu Luciano.
 
Um técnico da Administração do Meio Ambiente ( ADEMA ) esteve na fábrica durante esta manhã de segunda-feira(4) e coletou o material que esta sendo despejado no riacho.
Segundo ele, este material coletado será enviado para o laboratório da ADEMA onde passará por análise. O resultado sairá em uma semana, e será comparado com o resultado da biópsia dos animais mortos.
Caso seja comprovado que o produto que matou os animais não saiu da fábrica, a administração do Maratá prometeu entrar com um processo contra os autores das acusações.


 
Fonte: www.lagartense.com.br

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